WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) – O procurador-geral dos Estados Unidos, Merrick Garland, disse nesta sexta-feira (11) que o procurador federal que apresentou acusações criminais contra Hunter Biden, o filho do presidente Joe Biden, terá independência nas investigações.
Com a decisão, o procurador David Weiss se tornou conselheiro especial, conquistando mais liberdade nas suas investigações.
A nomeação de Weiss ocorre ao mesmo tempo que os republicanos no Congresso ameaçam um processo de impeachment contra Biden sob alegações não comprovadas de que o presidente se beneficiou dos empreendimentos comerciais de seu filho.
Em 2018, o Departamento de Justiça abriu uma investigação contra Hunter por possíveis violações de leis relacionadas a impostos e por lavagem de dinheiro em transações comerciais estrangeiras. O processo foi conduzido por David Weiss, indicado ao cargo por Trump Biden o manteve no posto para afastar suspeitas de que estaria interferindo na investigação contra o filho.
Em junho, dois funcionários da Receita depuseram à Câmara afirmando que as apurações contra o filho do presidente foram propositadamente atrasadas pelo Departamento de Justiça. Um dos agentes entregou à Câmara conversas de WhatsApp em que Hunter questionava, em tom de ameaça, o empresário chinês Henry Zhao sobre o andamento de um acordo. As mensagens são de 2017, quando seu pai, que então havia acabado de deixar a Vice-Presidência, não ocupava nenhum cargo público.
Além disso, as autoridades da Receita afirmaram que “há evidências de que o Departamento de Justiça deu tratamento preferencial [ao caso], atrasou as investigações e não fez nada para afastar óbvios conflitos de interesses”. Eles ainda disseram que um procurador do caso se comunicava com frequência com os advogados de Hunter.
McCarthy está envolvido em outra controvérsia relacionada a esse tema. A imprensa americana apontou que ele teria prometido a Trump colocar em pauta na Câmara o cancelamento dos processos de impeachments contra o ex-presidente aprovados na Casa. “Kevin está, você sabe, fazendo política. Nem mesmo está claro se ele pode constitucionalmente expurgar essas coisas”, disse a democrata Nancy Pelosi, presidente da Câmara na gestão anterior, à rede americana CNN no último domingo (23).
Redação / Folhapress