SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil prendeu nesta terça-feira (3) dez integrantes da Mancha Alviverde, torcida do Palmeiras, suspeitos de participação na emboscada a um ônibus com a Máfia Azul, do Cruzeiro, que culminou na morte de um cruzeirense, em outubro. Jorge Luis Sampaio dos Santos, 44, presidente da Mancha, não estava entre os detidos e continua foragido.
O nomes dos presos não foi divulgado pela polícia, mas a Folha confirmou que Santos ainda não havia sido localizado.
Outros três mandados de prisão estão sendo feitos por policiais do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). Há ainda outros 23 de busca e apreensão em São Paulo, Bragança Paulista, Osasco, Carapicuíba, Franco da Rocha, e Santana de Parnaíba. Outras duas pessoas já haviam sido presas.
Entre os detidos nesta terça-feira está o advogado Luiz Ferreti, que defende a Mancha Verde. O motivo da prisão não foi divulgado, mas ele estaria no momento da emboscada.
O advogado Gilberto Quintanilha, que também trabalha na defesa dos integrantes da torcida organizada suspeitos de participação na emboscada, afirmou que não teve acesso aos mandados de prisão.
Os presos e os materiais apreendidos estão sendo levados para a sede do DHPP na capital paulista.
O emboscada terminou com a morte do motoboy José Victor Miranda, 30.
Era manhã de domingo, 27 de outubro, quando dois ônibus com membros da Máfia Azul (organizada do clube mineiro) que seguiam de Curitiba (PR) para Belo Horizonte (MG) foram atacados por torcedores da Mancha na rodovia Fernão Dias.
A ação, na altura do pedágio de Mairiporã, na Grande São Paulo, foi um revide a uma briga ocorrida na mesma rodovia, mas em solo mineiro, dois anos antes.
Naquela ocasião os palmeirenses levaram a pior. Entre eles estava o presiden Jorge Luis Sampaio dos Santos, que teve os documentos roubados e depois exibidos como um troféu em jogos do Cruzeiro.
No dia 30 de outubro, a Justiça determinou a prisão de Santos e de seu vice, Felipe Mattos Santos, o Fezinho, 31. Eles e outros três integrantes da Mancha que também são procurados pela polícia seguem foragidos desde então.
O Ministério Público comparou a Mancha Alviverde ao crime organizado. “Há firmes evidências de que algumas torcidas organizadas atuam como verdadeiras facções criminosas, o que justifica a intervenção do Gaeco”, disse nota publicada no site do órgão sob a assinatura do procurador-geral de Justiça Paulo Sérgio de Oliveira e Costa.
Redação / Folhapress