SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Sucesso no Amazon Prime Video, onde se tornou o filme original da plataforma mais visto em seu fim de semana de estreia, “Vermelho, Branco e Sangue Azul” tem gerado burburinho nas redes sociais por suas cenas picantes.
Mas para quem leu o livro no qual o longa é baseado, escrito por Casey McQuiston, a versão cinematográfica pode ser um tanto decepcionante nesse quesito, já que o diretor Matthew López deixou para a imaginação do espectador cenas que são bastante gráficas nas páginas.
Para ele, o sexo nunca foi o propósito real do romance entre um príncipe do Reino Unido e o filho de uma imaginária presidente dos Estados Unidos -nas telas ou nas páginas. Ele montou os momentos quentes de forma que eles contribuíssem para a compreensão do relacionamento que se dá na trama.
“A linha entre o necessário e o desnecessário diz respeito a quanto aquilo ajuda a entender os personagens, enquanto indivíduos e casal. As pessoas têm acesso a sexo na internet, de formas muito mais explícitas do que eu jamais poderia filmar. Esse não era o propósito do filme, e acredito que do livro também não. O propósito é fazer o espectador ou leitor entender a conexão dos protagonistas”, diz Lopez.
Não espere ver a infame passagem da lubrificação por cusparada ganhar vida nas telas, nem mesmo o estranhamente sexy jogo de poder entre inglês e americano, colonizador e colonizado, quando o príncipe Henry e o primeiro-filho Alex versam sobre quem fará qual papel na relação sexual.
Eles são vividos, respectivamente, pelos bonitões Nicholas Galitzine e Taylor Zakhar Perez, que ajudaram a movimentar a internet com fotos sensuais em cena ou fora dela.
Mas há, por outro lado, uma sequência em que Alex escala lentamente o corpo nu de Henry sobre a cama. Sem que seus olhares penetrantes se percam um do outro, o americano encaixa o quadril entre as pernas elevadas do príncipe, que geme num misto de incômodo e prazer até ceder aos espasmos que fazem ferver seu sangue azul.
Para o diretor, era importante que o espectador estivesse colado aos rostos dos protagonistas para naturalizar a avalanche de sentimentos e sensações que os tomam. Sim, ele poderia abrir a câmera e mostrar os corpos de ambos durante a cena de penetração, mas achou que os olhares eram mais importantes do que o ato sexual em si.
Nem por isso o momento deixou de viralizar nas redes, com vários internautas compartilhando frames da cena.
VERMELHO, BRANCO E SANGUE AZUL
Onde Disponível no Amazon Prime Video
Classificação 14 anosElenco Nicholas Galitzine, Taylor Zakhar Perez e Uma Thurman
Produção EUA, 2023Direção Matthew López
Redação / Folhapress