Diretor do Grêmio diz que CBF não fez nada por clubes do Sul após tragédia

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Desde que paralisou o Campeonato Brasileiro por duas rodadas, a CBF ainda não estruturou projetos para apoiar os clubes do Rio Grande do Sul afetados pelas enchentes. Pelo menos é o que afirma Henrique Gutterres, executivo de marketing do Grêmio.

Pouco mais de um mês após o início da tragédia climática, o os clubes gaúchos tentam encontrar meios de se reestruturar, mas não contam com a estrutura da CBF nesse processo.

“Se a gente ver quais foram as decisões da CBF que ajudaram as equipes do Sul, a gente vai ver que não teve, né? Basicamente, a CBF delegou para cada clube a sua negociação. A única coisa que a CBF fez foi a paralisação do Campeonato Brasileiro por duas rodadas, mas também o fez porque sofreu uma pressão enorme dos clubes e, principalmente, da sociedade”, afirma Gutterres em entrevista à reportagem.

O responsável pela área de publicidade do Tricolor Gaúcho também entende que as ações pontuais da principal entidade do futebol brasileiro não se transformaram em um projeto estruturado a médio e longo prazo.

CAMPANHA ‘JOGANDO JUNTO’

Internacional e Grêmio trabalham em uma ação conjunta, chamada de “Jogando Junto – Pela Reconstrução do RS”, criada para estimular a doação de empresas para o processo de reestruturação do estado.

No primeiro momento, essa junção é para dar visibilidade e trazer recursos, trazer investimentos nessa reconstrução, que a gente sabe que é uma fase longa. Isso vem funcionando muito bem. Além da questão do “Jogando Junto, a gente entende que estamos em uma região muito pobre [da Arena do Grêmio], onde muitas famílias foram afetadas. Então, a gente está dentro da comunidade nesta quinta-feira (13), fazendo comida, fazendo faxina, ajudando em todos os aspectos.

AÇÕES DA CBF

Contatada pela reportagem, a CBF pontuou as ações que foram realizadas em prol da reconstrução do Rio Grande do Sul até o momento. São elas:

– Realização do jogo beneficente em parceria com a Rede Globo;

– Doação financeira;

– Alterações na tabela;

– Apoio da Fifa, que garante investimento e fomento para o futebol e clubes menores.

LIVIA CAMILLO / Folhapress

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