Diretor explica como torcida fez São Paulo manter elenco e trazer reforços

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O São Paulo atendeu ao pedido de Dorival Jr, manteve seu elenco e ainda trouxe Lucas e James Rodríguez na última janela. O esforço foi em busca do título inédito da Copa do Brasil, mas não teria sido possível não fosse o torcedor são-paulino que lotou o Morumbi de forma frequente na temporada.

O QUE ACONTECEU

O São Paulo arrecadou R$ 95 milhões apenas com renda de bilheteria nesta temporada. O clube projetava apenas R$ 54 milhões em seu balanço financeiro.

O time tricolor entrou na janela de transferências admitindo que precisava negociar jogadores para equilibrar as contas, mas a arrecadação com bilheteria e o momento em campo fez o clube mudar de ideia. Beraldo e Pablo Maia, por exemplo, receberam oferta acima dos R$ 50 milhões, mas o São Paulo sequer abriu negociações.

“Não tivemos abalo financeiro por segurar os atletas e trazer Lucas e James. Por quê? Por causa da torcida. As médias de público e arrecadações que tivemos nesse período foram sustentando a ponto de vermos que dava para segurar”, explicou Carlos Belmonte, diretor de futebol, ao UOL.

A arrecadação com bilheteria proporcionou ao clube segurar seus principais jogadores, o que, por sua vez, facilitou o trabalho de Dorival Jr e rendeu o título da Copa do Brasil.

Agora, com as contas mais folgadas, o São Paulo não precisa negociar seus jogadores por qualquer proposta que chegue apenas visando equilibrar as contas. Pelo contrário: o clube promete vender apenas quem quiser sair e por um preço justo.

“O São Paulo tinha que vender jogadores por um preço que a gente achava que não era o correto. Exemplo: Gabriel Sara por 9 milhões de libras. É um bom valor, mas o Sara vale mais que isso. Sara daqui a pouco vai estar na Premier League, é um jogador fantástico. Hoje, não venderíamos. Era isso que a gente queria. Tem que vender jogador porque tem o desejo do atleta de jogar no mercado europeu, sabemos disso. Só que agora ninguém tira mais jogador do São Paulo sem pagar o preço que a gente acha justo. Antes, a gente tinha que vender porque era necessário. Agora, não. Só vendemos se o valor oferecido for que a gente acha justo”, disse Belmonte.

EDER TRASKINI / Folhapress

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