Dirigentes cercados, petiscos e mais: os bastidores do sorteio do Paulista

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESs) – Quem acompanhou de perto o sorteio dos grupos do Campeonato Paulista de 2024, realizado na noite de nesta quinta-feira (16) no Auditório do Ibirapuera, notou um abismo entre a atenção dada aos quatro gigantes do estado em relação aos outros 12 participantes do torneio —alguns deles, inclusive, campeões.

UNS CERCADOS, OUTROS APRESENTADOS

No salão que hospedava os presentes antes do evento, as perguntas eram quase que repetidas: “Será que o Duilio vem?”, questionou um convidado ao colega ao citar o presidente do Corinthians. “O Abel é impossível”, cravou outro a poucos metros do local, lamentando a esperada ausência do técnico do Palmeiras.

A cerimônia, que começaria às 19h (de Brasília), atrasou e iniciou 45 minutos mais tarde. Em meio à espera, dirigentes e técnicos de times considerados menores conversavam tranquilamente misturados a jornalistas e funcionários. Achar um representante do trio de ferro ou do Santos, por outro lado, foi impossível.

Já no auditório, a espera pela retirada das bolinhas foi angustiante para alguns. Dirigentes do Santo André, por exemplo, mandavam mensagens de WhatsApp e conversavam sobre o calor enquanto o sorteio não começava de fato.

O momento de maior surpresa do auditório durante o sorteio foi quando Janeth, ex-jogadora de basquete, colocou o Guarani no Grupo B. O motivo do susto? O time caiu na mesma chave da Ponte Preta —a dupla de Campinas forma uma das maiores rivalidades do país. Um dérbi campineiro nas quartas de final, portanto, é uma possibilidade.

A plateia até chegou esboçar reação parecida quando o Corinthians acabou sorteado no grupo do Bragantino, mas o barulho não foi igual ao reproduzido em relação ao dois times do interior.

Depois da sessão, todos retornaram ao salão, e as famosas entrevistas na “zona mista” —um corredor para receber dirigentes— começaram. A prioridade foi das emissoras que transmitirão o estadual.

Foi aí que o contraste entre as coberturas jornalísticas ficou evidente: Alessandro, gerente de futebol do Corinthians, e Julio Casares, presidente do São Paulo, foram cercados por dezenas de profissionais e passaram mais de dez minutos no local.

Enquanto isso, dirigentes de Ituano, Santo André e Ponte Preta passavam quase que despercebidos pelos jornalistas. “Este é o Marco Antônio Eberlin, presidente da Ponte Preta”, informou um assessor aos presentes. “Pode perguntar o que você quiser, eu tiro de letra!”, brincou o dirigente antes de um questionamento sobre a situação do clube, que está de volta após conquistar a A2 neste ano.

O evento, regado a uma série de petiscos, acabou pouco depois das 23h (de Brasília). O fim teve livros abandonados pela mesa da imprensa, zona mista vazia e mais um pouco de conversas —com direito a open bar de cerveja e sobremesas.

BRUNO MADRID / Folhapress

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