SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar começou o dia subindo nesta quarta-feira (3), com a persistência do clima de aversão ao risco entre investidores antes de novos dados sobre a economia americana, que podem ajudar a alinhar apostas sobre cortes de juros nos Estados Unidos
Com agenda fraca no cenário local, divulgações no exterior seguem em foco. Para esta terça, são esperados números de atividade industrial e um relatório de emprego nos EUA. Além disso, o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) divulga, à tarde, a ata de sua última reunião de política monetária.
“A ata tem peso elevado diante do atual ceticismo que tem sido mostrado com relação aos cortes previstos para os juros americanos, o que tem contribuído para o ajuste negativo que presenciamos no primeiro pregão do ano. Tanto os números quanto a linguagem do documento poderão aliviar ou contribuir com a piora de sentimento esboçada neste início de ano”, dizem analistas da Guide Investimentos.
O primeiro pregão do ano, na terça (2), foi marcado por forte queda do Ibovespa e salto do dólar, o que deve continuar na atual sessão.
Às 9h24, o dólar subia 0,15%, cotado a R$ 4,922.
Na terça, a Bolsa brasileira registrou queda de 1,10% e fechou aos 132.696 pontos, após ter encerrado 2023 em seu maior patamar nominal da história. Já o dólar teve forte alta de 1,29% e terminou o dia cotado a R$ 4,914, num dia marcado por cautela nos mercados globais.
“Apesar de termos peculiaridades aqui no Brasil, há um movimento de aversão a risco no mundo. Depois de uma alta muito forte no mês de dezembro, principalmente, fica claro que os mercados passam por um ajuste à espera dos próximos dados que vão sair na semana nos Estados Unidos”, afirma Apolo Duarte, chefe de renda variável e sócio da AVG Capital
Além dos receios antes do relatório de emprego americano, preocupações sobre a economia global também estão no radar de investidores, como aponta Gabriel Mota, operador de renda variável da Manchester Investimentos.
Segundo o operador, não houve catalisadores negativos no Brasil, e a forte queda do Ibovespa nesta terça reflete uma onda pessimista internacional.
Na ponta positiva, as ações da Petrobras subiram, acompanhando a alta do petróleo no exterior e atenuando as perdas da sessão.
Redação / Folhapress