Dólar abre em leve queda com mercado à espera de evento com Haddad

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar abriu em leve queda nesta sexta-feira (12), acompanhando o recuo da moeda ante outras divisas de exportadores de commodities e emergentes no exterior.

Os investidores aguardam os dados de inflação ao produtor nos EUA e da participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em evento na manhã desta sexta-feira em São Paulo.

Às 9h07 o dólar caía 0,22% e estava cotado a R$ 5,430. Na quinta-feira (11), o dólar chegou a abrir em queda e foi cotada a R$ 5,37 na mínima do dia, mas apagou as perdas e passou a operar em alta durante a tarde. Fechou com avanço de 0,52%, a R$ 5,441, com profissionais citando certo esgotamento da queda mais recente das cotações e alguns efeitos técnicos sobre o real do forte avanço do iene no exterior.

Nos EUA, os novos números de inflação melhoraram as projeções para a queda de juros no país.

“Acredito que a gente possa começar a pensar em talvez dois cortes de juros para o mercado norte-americano, o que ajuda e muito na valorização do real”, afirma Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos.

Já a Bolsa registrou seu nono pregão seguido de alta, subindo 0,84% e terminando o dia aos 128.293 pontos. Novos dados mostrando desaceleração da inflação nos Estados Unidos e a regulamentação da reforma tributária no Brasil foram os principais eventos acompanhados pelo mercado.

“Temos mais um dia de Bolsa trabalhando no positivo por uma combinação de fatores. A aprovação da regulamentação da reforma tributária pela Câmara trouxe bastante otimismo, principalmente quando a gente olha a questão fiscal. Na semana retrasada, tivemos uma tensão em relação a falas do governo, à responsabilidade fiscal, e isso fez muito preço local. [A reforma] Acabou soando com um tom bem positivo”, afirma Christian Iarussi, sócio da The Hill Capital.

Nos EUA, o Departamento de Trabalho divulgou que o índice de inflação CPI (Índice de Preços ao Consumidor, na sigla em inglês) desacelerou a 3% em junho, abaixo das previsões de 3,1% compiladas pela Bloomberg. Em maio, o índice havia ficado em 3,3%

Os novos números reforçaram o otimismo do mercado sobre o desaquecimento da economia americana, que pode auxiliar o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) a iniciar um ciclo de corte de juros mais rápido no país.

Após a divulgação, os rendimentos dos títulos do Tesouro americano, os chamados “treasuries”, tiveram queda firme de quase 2%.

Redação / Folhapress

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