SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar abriu em queda nesta quarta-feira (17), depois de ter encerrado o pregão anterior em R$ 5,268, numa alta de 1,65%. Na máxima do dia, o dólar chegou a bater R$ 5,287.
Nesta quarta, a moeda caía 0,36% às 9h20, cotada a R$ 5,264.
Na terça, o dólar registrou sua quinta sessão consecutiva de alta, operando em seu maior valor desde março de 2023.
A divisa segue beneficiada por temores do mercado sobre a trajetória fiscal do Brasil, o adiamento das apostas de cortes de juros nos EUA e o aumento das tensões no Oriente Médio.
Investidores repercutem, ainda, novos dados de inflação na zona do euro, que vieram mais fracos que o esperado e reforçou expectativas de um corte nas taxas de juros pelo Banco Central Europeu em junho.
A inflação nos 20 países que usam o euro desacelerou para 2,4% no mês passado em uma base anual, de 2,6% em fevereiro, em linha com a estimativa preliminar.
O cenário também foi negativo para a Bolsa brasileira, que terminou o dia em baixa de 0,75%, aos 124.388 pontos, pressionada principalmente por recuo da Vale, a empresa de maior peso no Ibovespa, acompanhando a fragilidade do minério de ferro no exterior.
Investidores também repercutiram nesta terça um pronunciamento do presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central americano), Jerome Powell, que afirmou que os últimos dados mostram uma inflação mais forte que o esperado nos Estados Unidos. Segundo ele, o Fed provavelmente precisará de mais tempo para ter confiança de que a inflação está caminhando para a meta de 2%.
“Os dados recentes claramente não nos deram maior confiança e, em vez disso, indicam que provavelmente levará mais tempo do que o esperado para alcançar essa confiança”, disse Powell durante um evento realizado no The Wilson Center, em Washington.
Redação / Folhapress