Dólar abre o dia em queda com mercado à espera de anúncio de Haddad

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar abriu em queda nesta quinta-feira (28) com o mercado na espera das medidas que serão anunciadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para buscar um aumento na arrecadação federal e diminuir o déficit das contas públicas.

A moeda estava sendo vendida a R$ 4,8260 às 9h03 (horário de Brasília), recuo de 0,14% em relação ao dia anterior.

Na quarta-feira (27), o dólar interrompeu uma sequência de três sessões de baixas e encerrou o dia em leve alta ante o real, cotado a R$ 4,8326 na venda, uma valorização de 0,21%. Em dezembro, a moeda norte-americana acumula queda de 1,68%.

Já o Ibovespa fechou em alta de 0,50% nesta quarta, renovando máximas históricas, em pregão marcado por baixa liquidez e recuo nos Treasuries de dez anos.

O índice Bovespa ultrapassou os 134 mil pontos e estabelecendo um novo recorde nominal em um dia com menos indicadores e menor volume de negociações.

Na sexta-feira (22), o principal índice da Bolsa já havia renovado a máxima histórica. Em termos reais, porém, o recorde está longe.

Se for considerada a inflação, o pico do Ibovespa seria de 177.098 pontos, quando corrigido pelo IPCA atual, e de 212.305 pontos, quando corrigido pelo IGP-M, ambos atingidos em maio de 2008, antes da crise financeira. Os cálculos são da Economatica.

Os principais índices em Wall Street também fecharam a quarta-feira no azul.

Além do anúncio de medidas do governo, o mercado também deve repercutir o IGP-M de dezembro, pela FGV (Fundação Getulio Vargas), e o IPCA-15 do mesmo mês, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que foram divulgados na manhã desta quinta.

A percepção entre os agentes é de que o dólar ainda tem espaço para continuar a ceder ante o real na virada de 2023 para 2024.

“Há um fluxo comercial enorme chegando no Brasil, mais de US$ 20 bilhões no curto prazo, ainda que o Banco Central nem esteja fazendo os leilões de linha tradicionais de final do ano”, pontuou Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, em análise enviada a clientes.

Redação / Folhapress

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