SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar abriu em queda nesta quarta-feira (26), com o mercado à espera da decisão de política monetária do Fed (Federal Reserve, BC dos EUA), enquanto, no Brasil, repercutia a decisão da Fitch de elevar a nota de crédito soberano do país para BB.
Às 9h15 (horário de Brasília), o dólar à vista recuava 0,18%, a R$ 4,7424 na venda. Na B3, às 9h15 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,19%, a R$ 4,7460.
A expectativa é que a autoridade monetária dos EUA promova mais um aumento de 0,25 ponto percentual nos juros do país. A dúvida, porém, é se novas altas ainda serão necessárias neste ano.
Com isso, investidores buscarão pistas sobre o futuro da política monetária americana no comunicado do Fed, divulgado junto com a decisão sobre juros.
Na terça (25), a Bolsa brasileira registrou nova alta após a divulgação do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) de julho, que caiu mais que o esperado pelo mercado e reforçou apostas de um possível corte maior da Selic (taxa básica de juros) na próxima semana. Uma disparada da Vale diante da expectativa de estímulos econômicos na China também apoiou os negócios no Brasil.
Já o dólar começou a sessão em queda, mas passou a operar alta ao longo do dia, sob expectativa com o Fed. As negociações também foram marcadas por um movimento de realização de lucros.
Com isso, o Ibovespa subiu 0,54%, aos 122.007 pontos, enquanto o dólar avançou 0,33%, fechando o dia cotado a R$ 4,749.
As curvas de juros futuros refletiram o aumento das apostas sobre o aumento da Selic. Os contratos com vencimento em janeiro de 2024 saíram de 12,70% para 12,63%, enquanto os para 2025 foram de 10,73% para 10,63%.
Nesse cenário, a Bolsa brasileira registrou nova alta e superou os 122 mil pontos, apoiada por subida de ações da Vale (3,09%) e da Petrobras (2,31%), as maiores do Ibovespa, em dia positivo para commodities no exterior.
A agência estatal chinesa de notícias Xinhua noticiou que a China vai intensificar os estímulos econômicos para se concentrar na demanda doméstica. A informação fez o preço do minério de ferro disparar, já que o país asiático é um grande consumidor de aço, e deu força às ações da Vale no Brasil. Já a Petrobras foi beneficiada pela alta do petróleo no exterior.
Do outro lado, a alta do petróleo que aumenta o custo das empresas aéreas pressionou as ações da Gol, que registraram as maiores perdas do dia ao caírem 3,06%. Quedas de Minerva (2,71%) e PetroRio (2,62%) completam a lista de piores resultados da sessão.
Os principais índices acionários dos EUA também fecharam em alta, ainda esperando que o próximo aumento de juros no país deve ser o último do ano. O Dow Jones, o S&P 500 e o Nasdaq subiram 0,08%, 0,28% e 0,61%, respectivamente.
Redação / Folhapress