SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar abriu em leve queda nesta segunda-feira (1°), após ter terminado a última semana cotado a R$ 5,59 após novas declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a política fiscal e ruídos do chefe do executivo com o Banco Central.
Nesta manhã, em dia de agenda esvaziada, o mercado repercute o mais recente boletim Focus, do Banco Central, que aumentou para R$ 5,20 a sua previsão para o dólar no fim deste ano. Na semana anterior, a expectativa era que a divisa fechasse 2024 em R$ 5,15. Investidores aguardam, ainda, novos dados de emprego nos Estados Unidos.
O dólar começou nesta segunda cotado a R$ 5,5817, às 9h20, uma queda de 0,16% em relação à última sexta-feira (28), quando fechou a R$ 5,5906, em dia de volatilidade no mercado local e em meio a preocupações recorrentes sobre o cenário fiscal do Brasil. Com o fechamento da sessão, a moeda americana renovou seu maior valor nominal desde janeiro de 2022.
No acumulado do mês de junho, o dólar registrou alta de 6,48%. No ano, a moeda americana registra alta de mais de 15% ante o real.
Houve uma disputa entre agentes de mercado pela formação da Ptax, uma taxa de câmbio calculada pelo Banco Central que serve como referência para a liquidação de contratos futuros.
No fim de cada mês, agentes financeiros costumam tentar direcioná-la a níveis mais convenientes às suas posições, sejam elas compradas (no sentido de alta das cotações) ou vendidas em dólar (no sentido de baixa).
A disputa pela Ptax impulsionou as cotações do dólar no Brasil, ainda que no exterior a moeda americana tenha apresentado baixa. A maior parte das moedas emergentes, como o rand sul-africano e o peso chileno, registrou valorização em relação ao dólar. O real, no entanto, amargou o pior desempenho tanto entre as emergentes quanto entre as principais moedas do mundo.
O persistente desconforto fiscal no mercado e os ruídos entre Lula e o BC também pesaram contra os ativos locais.
Redação / Folhapress