SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Após uma abertura positiva, a Bolsa brasileira apagou os ganhos e passou a oscilar próxima da estabilidade nesta quinta-feira (11), mesmo após novos dados que mostraram desaceleração da inflação nos Estados Unidos.
No câmbio, o dólar abriu em queda e chegou a R$ 5,37 na mínima do dia, mas também reverteu o movimento e registrava leve alta ano início da tarde. A tendência é de mais uma sessão sem grandes movimentações, mesmo com o otimismo no exterior.
Segundo o Departamento de Trabalho dos EUA, o índice de inflação CPI (Índice de Preços ao Consumidor, na sigla em inglês) desacelerou a 3% em junho, abaixo das previsões de 3,1% compiladas pela Bloomberg. Em maio, o índice havia ficado em 3,3%
Os novos números reforçaram o otimismo do mercado sobre o desaquecimento da economia americana, que pode auxiliar o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) a iniciar um ciclo de corte de juros mais rápido no país.
Após a divulgação do CPI, os rendimentos dos títulos do Tesouro americano, os chamados “treasuries”, caíram, e as Bolsas dos EUA caminhavam para começar o dia em alta.
“Mercado [de câmbio] abrindo em queda já aproveitando a divulgação do CPI, que veio abaixo do precificado pelo mercado, o que é bom”, disse Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos.
“Acredito que a gente possa começar a pensar em talvez dois cortes de juros para o mercado norte-americano, o que ajuda e muito na valorização do real”, acrescentou.
O resultado se soma a dados recentes que têm mostrado a moderação do mercado de trabalho dos EUA, o que levou o chair do Fed, Jerome Powell, a dizer em audiência no Congresso na terça-feira que o país não tem “mais uma economia superaquecida”.
Os operadores aumentaram as apostas por um corte de 0,25 ponto na taxa de juros do Fed já em setembro, agora em 85%, de 70% mais cedo, uma vez que os resultados desta manhã devem elevar a confiança das autoridades do Fed em torno do retorno da inflação à meta de 2%.
Às 12h, o Ibovespa tinha oscilação negativa de 0,05%, aos 128.145 pontos, enquanto o dólar subia 0,24%, cotado a R$ 5,426.
O mercado também consolidava as apostas de um segundo corte pelo Fed em dezembro.
Quanto mais o banco central dos EUA cortar os juros, pior para o dólar, que se torna comparativamente menos interessante quando os rendimentos dos treasuries diminuem.
A fraqueza da divisa norte-americana era vista em outros mercados.
Redação / Folhapress