Dólar recua e Bolsa oscila com mercado à espera de novos dados de inflação

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em mais um dia de agenda esvaziada, o mercado segue em compasso de espera antes de novos dados de inflação. Na manhã desta quarta-feira (10), a Bolsa brasileira rondava a estabilidade, seguindo um cenário misto nos Estados Unidos, enquanto o dólar recuava.

“Investidores permanecem atentos a condução da política monetária americana. Hoje à tarde, o presidente do Federal Reserve de Nova York discursará, enquanto amanhã serão divulgados os tão esperados dados de inflação dos EUA”, diz Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos.

Os novos números devem ajudar investidores a alinhar apostas sobre os próximos passos da política de juros americana. A atual projeção do mercado é que cortes nas taxas devem começar a ocorrer em março, mas dados recentes de emprego e sinalizações mais conservadoras de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central americano) trouxeram dúvidas.

Também para quinta (11), está prevista a divulgação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), o principal índice de inflação do Brasil.

Às 10h33, o Ibovespa oscilava 0,06%, praticamente estável aos 131.538 pontos, enquanto o dólar caía 0,51%, cotado a R$ 4,881.

Economistas consultados pela Reuters previram que a inflação mensal brasileira provavelmente acelerou em dezembro devido ao aumento dos custos dos produtos agrícolas e das passagens aéreas, mas a taxa anual deve ter permanecido próxima da limite superior da meta.

O IPCA deve ter subido 0,48% em dezembro, em comparação com aumento de 0,28% em novembro, de acordo com a mediana das estimativas de 23 economistas entrevistados de 3 a 9 de janeiro.

No entanto, a inflação em 12 meses é estimada em 4,54%, abaixo dos 4,68% de novembro e dentro do limite superior da meta, cujo centro é de 3,25% para 2023, com margem de tolerância de 1,50 ponto percentual para mais ou para menos. Os dados serão publicados na quinta-feira.

“A gente está discutindo uma inflação que será um pouco mais alta, mas é muito mais por conta do preço de alimentos, e não por algum desenvolvimento negativo nos componentes do núcleo da inflação”, disse Matheus Pizzani, economista da CM Capital.

“Então isso traz uma perspectiva mais positiva para a condução da política monetária aqui dentro, e traz mais estabilidade macroeconômica também, então isso gera esse movimento mais otimista com relação ao nosso câmbio também”, acrescentou ele.

Redação / Folhapress

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