SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um dos participantes da série documental “A Máfia dos Tigres” (Netflix), Bhagavan “Doc” Antle, declarou-se culpado das acusações de tráfico de animais, conforme anunciado pelo Departamento de Justiça americano nesta segunda-feira (6).
De acordo com as acusações, Antle violou a Lei Lacey, que proíbe o tráfico de animais selvagens capturados ilegalmente. Entre setembro de 2018 e maio de 2020, ele esteve envolvido na venda de dois filhotes de chita, dois filhotes de leão, dois tigres e um chimpanzé.
Os procuradores do caso alegam que “Antle usou pagamentos em dinheiro para ocultar as transações e documentos falsificados”. Além disso, o Departamento de Justiça revelou que o americano solicitou que os pagamentos relacionados à comercialização de espécies ameaçadas fossem feitos para organizações sem fins lucrativos, dando a impressão de serem doações.
Antle e Jon Sawyer, um funcionário dele, enfrentam a possibilidade de serem condenados a um máximo de 20 anos de prisão federal por acusações relacionadas à lavagem de dinheiro, além de até cinco anos por acusações ligadas ao tráfico de animais selvagens. Outros três proprietários de safaris podem pegar até cinco anos de prisão por suas próprias acusações relacionadas ao tráfico de animais selvagens.
No entanto, as acusações contra Doc Antle não se limitam ao tráfico de animais. Ele e Sawyer também foram acusados de lavar US$ 500 mil oriundos de um esquema que envolvia o transporte de imigrantes ilegais do México para os Estados Unidos. O dinheiro era supostamente lavado através do zoológico de Antle na Carolina do Sul, por meio da inflação dos números de visitantes.
Redação / Folhapress