Dono do Bar Brahma negocia compra do Café Girondino, em SP

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Após fechar as portas no início deste mês, o Café Girondino poderá ser comprado pela empresa Fábrica de Bares, que administra o Bar Brahma entre outros comércios. Gestores das duas empresas estão em discussão.

A negociação foi revelada pelo jornal O Estado de S.Paulo e confirmada pela Folha de S.Paulo nesta terça-feira (18).

“Eles [Bar Brahma] são uns dos players que estamos conversando, mas ainda não tem nada cravado. No momento só conversa”, escreveu Felippe Nunes, gerente comercial da cafeteria desde o início dos anos 2000.

A reportagem não conseguiu contato com representantes da Fábrica de Bares.

Referência para frequentadores da região central de São Paulo, o Café Girondino fechou suas portas no dia 3 de junho. Situada nos encontros das ruas Boa Vista e São Bento, a casa tem 250 lugares distribuídos em três andares e cerca de 400 metros quadrados.

Inaugurado em 1998 em um prédio que pertencia à Santa Casa de Misericórdia e foi construído pelo Metrô como contrapartida pela inauguração da estação São Bento, em 1975, o Girondino tem uma relação ainda mais antiga com a cidade de São Paulo.

O restaurante foi inspirado no café homônimo que funcionou entre 1875 e a década de 1920 na esquina da rua 15 de Novembro com a praça da Sé. O local era ponto de encontro para transações comerciais entre barões do café.

A recriação, no final da década de 1990, manteve a tradição de receber frequentadores do mundo dos negócios. Operadores e investidores da Bolsa de Valores ajudavam a manter o local lotado durante a semana. Já perto dos anos 2010, pregões presenciais foram totalmente substituídos por negociações eletrônicas.

A ausência dos profissionais da Bolsa era compensada pela presença de servidores públicos de órgãos estaduais que passaram a funcionar no entorno, além dos bancários, na época em que a 15 de Novembro ainda tinha o apelido de “rua dos bancos”.

No entanto, a casa vinha atendendo 30% do público habitual na comparação com a frequência pré-pandemia.

O fechamento da cafeteria também é consequência do esvaziamento do centro, com a sensação de insegurança e a adesão em larga escala de empresas do setor financeiro ao home office.

A notícia do fechamento repercutiu de forma negativa sobre a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB). O próprio prefeito, inclusive, foi quem aproximou os gestores do bar e da cafeteria.

A Fábrica de Bares tem se especializado em comprar pontos tradicionais e revitalizá-lo. Foi, assim, por exemplo, com os bares Léo, Filial e a casa noturna Love Story.

Redação / Folhapress

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