SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Depois de cada treino nas instalações do Corinthians, a atacante Vic Albuquerque e a goleira Letícia Izidoro partem para uma segunda bateria de atividades físicas.
PREPARAÇÃO À PARTE
As duas jogadoras se deslocam diariamente até a Mooca e treinam no ‘CT de fisiculturismo’, a Dark House. O espaço fica a mais de 15 km do CT Joaquim Grava, em Guarulhos, e é exclusivo para atletas e influenciadores da Integralmedica. A parceria delas com a marca de suplementação esportiva começou há poucos meses.
Ambas realizam um trabalho de complementação física no local. Elas vêm usufruindo do “parque de diversões de monstros”, carinhosamente apelidado assim pela goleira, na jornada dupla fora de campo. Fazem exercícios de ativação pré-jogo, de recuperação de lesão, de fortalecimento e de performance, como específicos de velocidade e potência.
A programação é personalizada e contou inclusive com “troca de figurinhas” com a comissão técnica do Corinthians. Jakson Nantes, gerente-geral da Dark House e treinador da dupla, afirmou ao UOL que conversou pessoalmente com a equipe de preparação do clube para que os exercícios se adequassem à rotina das jogadoras. Fisioterapeuta do Alvinegro paulista, Eduardo Duc marca presença em alguns dias.
Vic e Lelê foram elogiadas pelo alto rendimento nos treinos no CT de fisiculturismo: “Alunas exemplares”. O treinador da Darkhouse contou que elas não deixam de ir nem nos dias de folga no Corinthians e que não há “treino fofo”. Além dos exercícios pesados, as jogadoras também têm acesso à parte especial de tratamento e de suplementação no local.
A dupla ainda não completou seis meses de preparação no local, mas já colhe os frutos dos esforços: “Só olhar os números”. Vic Albuquerque sente que está mais rápida, forte e teve melhora nas estatísticas. Após começar a treinar no local, marcou 10 gols, sendo dois deles nas finais do Brasileiro feminino contra o São Paulo. Já Lelê viu o prazo da recuperação após romper o ligamento cruzado anterior do joelho diminuir consideravelmente, tendo retornado a jogar no último final de semana.
Elas fazem ativação antes de jogo, treinam nas folgas, fazem um trabalho personalizado. Lelê se recuperou antes dos nove meses previstos da lesão. Digo que o esforço supera o talento, mas e quando o talento é esforçado? São alunas exemplares.Jakson Nantes
“Só muda a bola [entre futebol e fisiculturismo]. O resto é o mesmo: dedicação, treino e mentalidade. Sempre querendo ser o melhor entre os melhores”, afirma Vic.
ANDRÉ MARTINS / Folhapress