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Dupla presa pela morte do ciclista Vitor Medrado é denunciada à Justiça

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Ministério Público de São Paulo ofereceu denúncia à Justiça que pede condenação de até 30 anos aos suspeitos pela morte do ciclista Vitor Medrado, 46, morto durante o roubo de seu celular, no dia 13 de fevereiro, ao lado do parque do Povo, no Itaim Bibi (zona oeste da capital).

Em documento à Justiça assinado nesta quinta-feira (15), o promotor de Justiça Criminal Carlos Roberto Conserino denuncia Jefferson de Souza Jesus, 28 -conhecido como Gordo de Paraisópolis- e Erik Benedito Veríssimo, 20, por latrocínio (roubo seguido de morte), com a combinação de motivo fútil.

Segundo o Código Penal, a pena para latrocínio é de 20 a 30 anos de reclusão, mais multa.

O latrocínio é considerado um crime hediondo, ou seja, a pena é cumprida em regime fechado

O promotor pede ainda fixação em no mínimo 350 salários mínimos (atualmente R$ 531,3 mil) como valor para reparação de danos morais causados, considerando os prejuízos sofridos pelos familiares da vítima.

Os dois estão presos. A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos dois suspeitos até a publicação deste texto.

No dia 13 de fevereiro passado, Vitor Medrado, conhecido como Vitão ou Mineirinho, estava parado na calçada da rua Brigadeiro Haroldo Veloso e aparentava mexer no celular, quando dois homens chegaram em um moto e o abordaram.

A vítima era personal trainer e dava aulas de ciclismo. Na ocasião, esperava uma aluna para o treino do dia.

A ação durou poucos segundos. Apesar de não ter reagido, Medrado foi atingido por um disparo no pescoço. A dupla fugiu com seu celular.

O crime é detalhado no documento que oferece a denúncia à Justiça. No relato, o promotor afirma que Jeferson e Erik se uniram com a finalidade de praticar roubo na região de Pinheiros, que fica próxima do Itaim Bibi. E em uma moto Yamaha Fazer 250 azul partiram em busca de vítimas.

Ao passarem pelo local, afirma a Promotoria, os dois vislumbraram a vítima na beira da calçada sentada sobre uma bicicleta e manuseando o celular.

“Imediatamente retornaram na contramão e foram em direção à vítima. Aproximaram-se e Erik [que estava na garupa] desembarcou da motocicleta conduzida por Jeferson e empunhando arma de fogo calibre .38, engatilhada, com o dedo no gatilho, anunciou o assalto apontando a arma em direção à vítima”, diz a denúncia.

“Concomitante, e antes de qualquer reação da vítima, Erik efetuou disparo de arma de fogo em direção ao pescoço da vítima, que tombou no chão, derrubando o aparelho celular que trazia em mãos. Erik, então, pegou o aparelho do chão, montou na garupa da motocicleta e partiram em fuga”, completa o texto.

A partir de imagens captadas por câmeras de segurança, a denúncia diz que os dois foram para a comunidade de Paraisópolis, na zona sul.

Jeferson foi preso no mês de março em Paraisópolis. Na época da prisão, a SSP (Secretaria da Segurança Pública) disse que na casa do suspeito foi apreendida uma arma.

Erik havia sido preso dias antes. Segundo a polícia, ele estava roubando celulares no Brooklin, zona oeste, quando foi detido pela Polícia Militar, que apreendeu com ele uma arma com a numeração raspada e uma moto furtada. O piloto da moto fugiu.

Em entrevista coletiva, o secretario da Segurança Pública, Guilherme Derrite, afirmou na época que o atirador disse que a arma apreendida era a mesma usada para matar Vitor Medrado.

Os investigadores já sabiam da participação de Erick no crime e, por isso, passaram a monitorá-lo. Jeferson, ao ser preso, confirmou que o crime contra o ciclista tinha sido praticado pelos dois, também segundo a polícia.

Redação / Folhapress

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