SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A atriz americana Demi Moore, 62, venceu o prêmio de melhor atriz de comédia ou musical no Globo de Ouro 2025 pela atuação no filme “A Substância”. Esta foi a primeira indicação da atriz na premiação em quase 30 anos de carreira.
Durante seu discurso, Demi Moore afirmou que estava em choque por ter ganhado o prêmio. “Faço isso há 45 anos e é a primeira vez que ganho alguma coisa como atriz”, afirmou.
“Há 30 anos, uma produtora me disse que eu era uma ‘atriz de pipoca’ e naquela época eu pensei que esse prêmio fosse alguma coisa que eu não poderia ter. Isso me corroeu ao longo do tempo até que pensei que eu já tinha que fazer o que eu tenho que fazer e veio esse roteiro maravilhoso e fora da caixinha e o universo me disse: você ainda não terminou”, disse Moore.
No papel interpretado pela atriz, a personagem vê a carreira se deteriorar após a virada do século e, ainda que nunca tenha saído de cena, jamais repetiu o sucesso de trabalhos de quando era mais jovem.
Moore, que é intérprete de uma apresentadora de televisão, é dispensada por causa de sua idade. Deprimida, ela se submete a um enigmático procedimento para trazer à tona a proclamada “melhor versão de si mesma”, que é mais jovem.
Depois da fala de Moore, a apresentadora Nikki Glaser fez questão de criticar a indústria do cinema como um seguimento etarista.
“Estamos falando muito de ‘retorno’. Pamela Anderson, Demi Moore… se você é uma mulher com mais de 50 anos e protagonista, eles falam que você está retornando. Se você é um cara com mais de 50 e protagonista, você é o namorado da Sydney Sweeney”, alfinetou a apresentadora.
Com a mesma idade de Demi Moore, outra protagonista da noite foi a atriz Jodie Foster, eleita a melhor atriz em minissérie, antologia ou filme para TV. Ela foi indicada pela atuação na quarta temporada de “True Detective”, chamada “Terra Noturna”, pela qual também faturou o Emmy 2024.
A temporada é protagonizada por uma dupla de policiais mulheres, interpretadas pela veterana Jodie Foster e pela ex-boxeadora Kali Reis. A história se passa no Alasca, com suas paisagens gélidas da noite polar, período invernal em que seus habitantes não veem a luz do Sol.
VICTÓRIA CÓCOLO / Folhapress