RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), afirmou nesta quarta-feira (24) que a forte chuva que atingiu a capital mineira nesta terça (23) é o “novo normal” da cidade diante das mudanças climáticas que o país enfrenta. O temporal causou alagamentos, quedas de árvores e interdição de vias.
“Depois de uma chuva extremamente violenta, a gente costumava dizer que era fora do normal, mas agora a gente tem que dizer que essa chuva é o novo normal”, afirmou Noman em entrevista coletiva nesta quarta.
Em apenas três horas, choveu 26% do esperado para o mês de janeiro, segundo a Defesa Civil. A previsão inicial para a noite de terça era de 40 milímetros, mas em algumas regiões, como a Pampulha, o volume de chuva ficou próximo de 80 milímetros.
“Tivemos uma chuva muito forte em todas as áreas da cidade e o município acabou respondendo adequadamente. Tivemos alagamentos em algumas ruas, mas não tivemos nenhuma vítima. Isso é muito importante”, afirmou o Noman.
Nas redes sociais, moradores registraram alagamentos em diversas regiões com veículos flutuando em ruas inundadas, similares a rios. A avenida do Contorno e as regiões da Savassi e Carlos Prates foram algumas das áreas atingidas. Na região central, um homem ficou ilhado e ligou para a prefeitura para pedir socorro.
Também houve relatos de quedas de árvores em diferentes pontos do município. “Nós tivemos 85 km/h de vento. Derruba qualquer árvore. Nós tivemos a queda de 20 árvores mais ou menos”, disse o prefeito.
Procurada, a Defesa Civil de Belo Horizonte não divulgou um balanço das ocorrências registradas por causa do temporal até a publicação.
Nesta quarta, o órgão emitiu novo alerta de chuva forte para a cidade válido até a quinta-feira (25). A previsão indica que as chuvas podem vir acompanhadas de raios e rajadas de vento em torno de 50 km/h.
Ainda segundo a Defesa Civil, há risco geológico até sexta-feira (26) em quatro regiões da capital: Pampulha, Leste, Centro Sul e Oeste. Nessas regiões, diz o órgão, o solo está encharcado em razão do volume de chuvas, que superou os 70 milímetros em 72 horas nesta terça.
Outras três regiões da cidade –Barreiro, Nordeste e Venda Nova– registraram 50 milímetros no mesmo período e têm risco geológico moderado.
ALÉXIA SOUSA / Folhapress