SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Bombeiros de São Leopoldo, a 35 km de Porto Alegre, resgataram nesta terça-feira (14) uma égua que estava presa no terceiro andar de um prédio residencial da cidade. O condomínio está sem moradores por causa da enchente histórica do rio dos Sinos
A operação durou sete horas. A égua foi sedada, teve os olhos vendados e as patas amarradas durante o resgate, realizado por uma equipe de 15 pessoas por meio de uma técnica chamada tirolesa dinâmica.
Veterinários acompanharam a retirada do animal. A égua está magra e com desgastes nos cascos provavelmente anteriores aos cerca de dez dias que passou no edifício.
Imagens divulgadas pelo governo do Rio Grande do Sul mostram a égua sendo preparada para o resgate e, depois, retirada. O animal foi alimentado e recebeu água antes de ser içado. A operação começou no começo da tarde e terminou à noite.
Segundo o Corpo de Bombeiros, é provável que a égua tenha subido pela escada do prédio para fugir da inundação da rua.
Apelidada de Esperança, ela foi colocada em um barco e transportada para um abrigo de animais não informado pelo governo.
Em São Leopoldo, o volume do rio dos Sinos atingiu a marca histórica de 8,20 metros na madrugada de 4 de maio, o que provocou o transbordamento da capacidade dos diques e danos ao sistema de contenção de cheias.
A enchente afetou 180 mil moradores da cidade de 250 mil habitantes. Doze mil pessoas foram encaminhadas a 104 abrigos após danos ou perdas totais em suas residências.
Segundo a prefeitura, 650 voluntários trabalham nos abrigos e atuaram no resgate de pessoas e animais e no auxílio à limpeza da cidade. Mais de 6 mil pessoas e 653 animais foram resgatados nos bairros mais afetados pela enchente.
CARAMELO
Na quinta-feira (9), o resgate do cavalo Caramelo em Canoas (RS) comoveu o país. Ele estava ilhado em um telhado e foi levado para o Hospital Veterinário da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), onde está em recuperação.
Boletim divulgado nesta terça mostra Caramelo passeando nos gramados da universidade. Ele não precisa tomar medicamentos e é tratado com suplementos para recuperar o peso.
CRISTINA CAMARGO / Folhapress