RÁDIO AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio

Eletrobras diz que foco após acordo com governo é investir e reduzir custos

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O presidente da Eletrobras, Ivan Monteiro, afirmou nesta quinta-feira (15) que o foco da companhia após a conclusão de acordo com o governo é ampliar investimentos, vender sua fatia na Eletronuclear e seguir reduzindo custos.

Aprovado pelos acionistas da antiga estatal em abril, o acordo garantiu três assentos ao governo no conselho de administração e desobrigou a empresa de investir na conclusão da usina nuclear Angra 3. Foi o encerramento do principal embate da Eletrobras no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Foi resultado da busca constante de diálogo com o governo desde o início”, afirmou Monteiro, em teleconferência com analistas para detalhar o prejuízo de R$ 81 milhões registrado no primeiro trimestre de 2025.

“Agora vamos focar no que é mais relevante”, disse o executivo. “Nosso programa de investimentos ganha nova dinâmica em relação à época em que a companhia era estatal.”

Após a privatização, a empresa elevou aportes até atingir o triplo da média dos últimos anos sob controle do governo.

No primeiro trimestre de 2025, os investimentos caíram 25% em relação ao mesmo período do ano anterior, resultado da conclusão das obras do complexo eólico Coxilha Negra, no Rio Grande do Sul, que consumiu R$ 2,4 bilhões.

Em seu último plano estratégico, para o período 2024 a 2028, a Eletrobras diz que quer se firmar como uma “green major”, uma companhia de porte global com foco em energias renováveis.

Nesse sentido, concluiu no primeiro trimestre a venda de parcela significativa de suas usinas térmicas a gás natural, arrematadas pelo grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, por R$ 2,9 bilhões. Falta apenas concluir procedimentos regulatórios para a venda da usina Santa Cruz, no Rio de Janeiro.

“Nossa geração [de energia] agora se aproxima de 100% baseada em hídrica, solar e eólica”, afirmou Monteiro na teleconferência.

A venda da fatia de 35% na Eletronuclear entrou no foco também após o acordo, que retirou da empresa sua missão de investir na expansão do parque nuclear brasileiro. Monteiro diz que a Eletrobras segue procurando interessados, mas não deu maiores detalhes.

Sobre o foco na redução de custos, o presidente da Eletrobras disse que todos os ganhos até o momento foram obtidos em comparação com os tempos de estatal. A gestão quer agora comparar a companhia com concorrentes, para tentar atingir níveis de custos compatíveis ao mercado.

“Não há motivo pelo qual a Eletrobras não possa ser a empresa mais eficiente do setor”, afirmou. A celebração, no primeiro trimestre, de novo acordo coletivo de trabalho que aproxima as relações com seus funcionários do setor privado foi um passo nesse sentido.

No primeiro trimestre, a companhia registrou queda de 15,1% nos gastos com pessoal, resultado impulsionado também pela queda de 13% no número de empregados a partir de de planos de demissão voluntária.

O prejuízo, explicou a companhia, ocorreu pela revisão regulatória da base de ativos de transmissão de energia da subsidiária Chesf pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que reduziu o valor contábil desta empresa.

NICOLA PAMPLONA / Folhapress

COMPARTILHAR:

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTÍCIAS RELACIONADAS