SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O passarinho azul do Twitter pode estar com os dias contados. Elon Musk anunciou a mudança no logotipo da empresa na madrugada deste domingo (23).
“E em breve daremos adeus à marca Twitter e, aos poucos, a todos os passarinhos”, disse em sua conta na rede social.
A informação foi postada em meio a várias outras mensagens de Musk nas quais ele pede para os usuários mudarem a cor da plataforma para preto.
O empresário diz que gosta da letra X como um possível logotipo e afirma que se algum usuário do Twitter postar um logotipo X que o empresário considere bom, ele poderia ser utilizado pela marca.
Musk não deu mais detalhes sobre a possível alteração. Desde que comprou o Twitter, em 2022 por US$ 44 bilhões (hoje cerca de R$ 210 bilhões), o bilionário, que também é dona da Tesla e da SpaceX, tem promovido mudanças na plataforma.
Na ocasião, o empresário twitou: “O pássaro está liberto”.
Desde que Elon Musk comprou o Twitter em outubro do ano passado e anunciou a pretensão de ganhar dinheiro com assinaturas, os perfis têm perdido acesso a funções que antes eram gratuitas.
O Twitter limitou a quantidade de tweets vistos e mensagens enviadas por dia, restringiu o acesso a dados da plataforma e retirou a opção gratuita de autenticação em dois fatores via SMS.
Além disso, a rede passou a cobrar pelo selo azul de verificação e tem limitado o envio de mensagens por quem não faz o pagamento mensal do selo.
Briga com a Meta
No início de julho, o Twitter notificou a Meta de forma extrajudicial após a criação do Threads, nova rede social do Instagram. O documento inclui uma ameaça de processo civil, com medida cautelar, para prevenir danos. A empresa alega que houve “quebra de segredos comerciais”.
O advogado que assina a carta, Alex Spiro, afirma que a Meta contratou dezenas de ex-funcionários do Twitter com acesso a documentos e aparelhos eletrônicos da rede social para desenvolver uma cópia: o Threads. O texto não menciona nomes.
O diretor de comunicação da Meta publicou no Threads, Andy Stone, que as acusações da rede social de Elon Musk não se sustentam. “Ninguém no time de engenharia por trás do Threads é ex-funcionário do Twitter.”
CRISTIANE GERCINA / Folhapress