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Em disputa com iFood, Rappi promete pagar R$ 10 por corrida para motociclistas

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em meio à crescente disputa das empresas de delivery para tentar tomar espaço do iFood, que domina esse mercado no Brasil, a Rappi decidiu elevar para R$ 10 a taxa mínima por corrida paga aos motociclistas nos finais de semana.

Desde o mês passado, a 99Food e a Rappi anunciaram que vão zerar taxas de intermediação cobradas dos restaurantes na tentativa de atrair mais estabelecimentos para suas plataformas. Agora começa uma rodada de medidas para conquistar o maior número de entregadores de moto.

O reajuste da Rappi vale a partir desta sexta-feira (30) para as entregas feitas entre as 18h das sextas-feiras e as 11h das segundas, período que abrange 60% do fluxo total de entregas, segundo Felipe Criniti, CEO da Rappi no Brasil.

Nos demais horários, o pagamento mínimo por corrida na Rappi permanece no valor anterior, de R$ 7.

O pagamento mínimo de R$ 10 na Rappi vale para entregas de moto ou carro. No caso das bicicletas, sobe para R$ 9 nos finais de semana.

No iFood, atualmente, a taxa mínima por rota é de R$ 6,50, mas em 1º de junho vai subir para R$ 7,50 para entregas de carro ou moto e R$ 7 no caso das bicicletas.

Segundo Criniti, com o aumento concentrado no final de semana, o objetivo da Rappi é beneficiar também o entregador que já tem um emprego e usa a plataforma apenas como fonte de renda alternativa aos sábados e domingos.

“Esse reajuste não é uma promoção e não tem prazo para acabar. É uma nova tabela para o entregador”, afirma o executivo.

O reajuste anunciado pela Rappi atende a uma das reivindicações dos trabalhadores na última greve, que realizada no mês passado pedindo a criação de uma taxa mínima de R$ 10 por entrega, entre outras demandas.

Os trabalhadores também querem o aumento do valor pago por quilômetro rodado de R$ 1,50 para R$ 2,50, a limitação do raio de atuação das bicicletas a até três quilômetros e o pagamento integral pelos pedidos agrupados.

O adicional por quilômetro rodado na Rappi será de R$ 1,60 nas entregas acima de 4 quilômetros para entregadores cadastrados no app, sem restrição de período de entrega.

Segundo a Rappi, o reajuste abrange entregadores de todas as categorias de consumo, como restaurantes, supermercados, bebidas, ecommerce e lojas para animais de estimação.

Na semana passada, a 99Food anunciou um modelo de remuneração diferente, mas também com possibilidade de ganhos acima do oferecido pelo iFood. A empresa vai pagar um valor mínimo de R$ 250 para quem fizer, no mesmo dia, 15 viagens com transporte de passageiros ou entrega de objetos e outras cinco viagens para delivery de comida, somando 20 corridas por dia no mesmo aplicativo, o que dificulta a presença do entregador nos apps da concorrência. A medida é criticada pelo Sindimoto-SP (sindicato de motoboys e motoentregadores do estado de São Paulo).

Para Gilberto Almeida, presidente do sindicato, a exigência de 20 corridas diárias pode incentivar os trabalhadores a elevar a velocidade no trânsito, piorando as estatísticas de acidentes.

Sobre o aumento oferecido pela Rappi, embora atinja o valor reivindicado pelos trabalhadores, Almeida afirma que ainda gera insegurança, porque vem como ferramenta para combater a concorrência em um momento de disputa acirrada, que pode ser temporário.

“Não sabemos até quando vai durar isso. Está longe de atender a questões de proteção social e direitos trabalhistas”, afirma o sindicalista.

Entre outras movimentações que têm esquentado a concorrência no mercado de delivery brasileiro nas últimas semanas, a gigante chinesa Meituan anunciou o lançamento do seu serviço de entrega de refeições Keeta no Brasil para os próximos meses, e o iFood fez uma parceria com a Uber para integrar os aplicativos na tentativa de atrair novos clientes.

JOANA CUNHA / Folhapress

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