Em provas individuais, Rebeca Andrade já é a maior do Brasil olímpico

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Com mais uma medalha em Jogos Olímpicos, Rebeca Andrade, 25, tornou-se, quantitativamente, a atleta de maior destaque individual da história olímpica do Brasil.

A prata no salto deixa a ginasta paulista com quatro pódios olímpicos competindo individualmente.

Em Tóquio-2020, ela ganhou um ouro (salto) e uma prata (individual geral). Em Paris-2024, repetiu a prata no individual geral (conjunto dos quatro aparelhos) e faturou a prata neste sábado (3), saltando sobre a mesa e perdendo apenas para o fenômeno Simone Biles, dos EUA.

Com essas quatro láureas, Rebeca ultrapassa o velejador Robert Scheidt, três medalhas individuais na vela (dois ouros e uma prata na classe laser), o nadador Gustavo Borges (uma prata e um bronze nos 100 m livre e uma prata nos 200 m livre), a judoca Mayra Aguiar (três bronzes até 78 kg) e o canoísta Isaquias Queiroz (um ouro, uma prata e um bronze em provas C1).

“Gosto de pensar em um dia de cada vez. Estou muito orgulhosa de mais uma medalha para o meu país”, disse a ginasta depois do segundo lugar no salto na Arena Bercy. “Estou muito feliz.”

Isaquias ainda remará em Paris-2024 e pode, se for ao pódio, empatar quantitativamente com Rebeca em medalhas ganhas em disputas individuais. Isso se a ginasta não obtiver mais alguma antes, pois está nas finais do solo e da trave.

Considerando-se o total de medalhas, não apenas as que vieram do desempenho individual, Rebeca acumula cinco -nestas Olimpíadas, ela integrou a equipe nacional (junto com Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane dos Santos e Julia Soares) que ganhou o bronze.

Essa coleção eleva Rebeca a um dos três esportistas do Brasil com mais premiações em Jogos Olímpicos. Com cinco medalhas, deixou para trás Isaquias, Borges e Serginho (do vôlei), que têm quatro conquistas, e se colocou ao lado de Scheidt e do também velejador Torben Grael.

Qualitativamente, Rebeca está atrás tanto de Scheitdt como de Torben.

O primeiro tem dois ouros, duas pratas e um bronze. Em duas dessas medalhas, competiu em dupla, na classe star, com Bruno Prada.

O segundo tem dois ouros, duas pratas e um bronze. Mas Torben sempre “medalhou” competindo em dupla (três vezes Nesse panorama, Rebeca pode obter outros dois feitos em Paris-2024.

Com nova medalha -terá duas chances-, isola-se como o esportista do Brasil com mais condecorações, chegando a seis e passando Scheidt e Torben.

E, se essa medalha for de ouro, Rebeca atingirá o olimpo no esporte brasileiro.

Será a maior atleta do país na história em Olimpíadas também qualitativamente, com dois ouros, três pratas e um bronze.

MAIORES DO BRASIL EM PROVAS INDIVIDUAIS EM OLIMPÍADAS

– Rebeca Andrade, ginástica artística (4) – 1 ouro, 3 pratas

– Robert Scheidt, vela (3) – 2 ouros, 1 prata

– Isaquias Queiroz, canoagem velocidade (3) – 1 ouro, 1 prata, 1 bronze

– Gustavo Borges, natação (3) – 2 pratas, 1 bronze

– Mayra Aguiar, judô (3) – 3 bronzes

MAIORES DO BRASIL EM OLIMPÍADAS (TOTAL DE MEDALHAS)

– Robert Scheidt, vela (5) – 2 ouros, 2 pratas, 1 bronze

– Torben Grael, vela (5) – 2 ouros, 1 prata, 2 bronzes

– Rebeca Andrade, ginástica artística (5) – 1 ouro, 3 pratas, 1 bronze

– Serginho, vôlei (4) – 2 ouros, 2 pratas

– Isaquias Queiroz, canoagem velocidade (4) – 1 ouro, 2 pratas, 1 bronze

– Gustavo Borges, natação (4) – 2 pratas, 2 bronzes

– Marcelo Ferreira, vela (3) – 2 ouros, 1 bronze

– Bruninho, Giba, Dante e Rodrigão, vôlei (3) – 1 ouro, 2 pratas

– Emanuel e Ricardo, vôlei de praia (3) – 1 ouro, 1 prata, 1 bronze

– Cesar Cielo, natação, Rodrigo Pessoa, hipismo, e Fofão, vôlei (3) – 1 ouro, 2 bronzes

– Mayra Aguiar, judô (3) – 3 bronzes

LUÍS CURRO / Folhapress

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