SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Como parte de uma tradição anual na Casa Branca nesta época do ano, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, “perdoou” nesta segunda-feira (25) dois perus sortudos, que não serão comidos no feriado do Dia de Ação de Graças, na próxima quinta (28). Peach e Blossom, criados no estado de Minnesota, têm cerca de quatro meses.
“Hoje, Peach e Blossom se juntarão aos pássaros livres dos Estados Unidos da América”, disse Biden à multidão no gramado sul da Casa Branca, com os perus ao fundo. “Com base em seu temperamento e comprometimento em serem membros produtivos da sociedade, eu, por meio deste, os perdoo.”
Foi o último perdão de peru de Biden como presidente, antes que seu sucessor, Donald Trump, seja encarregado de manter a tradição.
Os dois nomes, que em inglês significam flor de pêssego, são uma homenagem ao estado natal e berço político de Biden, Delaware, que adotou a flor do pessegueiro como símbolo.
“A flor de pêssego também simboliza resiliência, o que é bastante apropriado para hoje”, disse Biden durante a cerimônia de perdão.
O presidente da Federação Nacional do Peru, John Zimmerman, e seu filho de 9 anos, Grant, criaram os pássaros e os apresentaram no domingo.
Quando o presidente estava prestes a perdoar Peach, a ave cacarejou do palco. “O que você disse, Peach?” perguntou o presidente. “Peach está fazendo um apelo de última hora aqui”, disse Biden à multidão.
De acordo com a Casa Branca, a origem da tradição de perdoar o peru no Dia de Ação de Graças é imprecisa. Muitos acreditam que tenha começado em 1863 com o presidente Abraham Lincoln (1809-1865), quando ele poupou um peru após pedido de seu filho Tad.
A prática mais consistente teve início nos anos 1870, com o criador de aves Horace Vose, que enviava perus à Casa Branca, transformando a oferta em um símbolo de celebração nacional. Após sua morte em 1913, a tradição foi aberta ao público.
Em 1947, a Federação Nacional do Peru começou a entregar aves formalmente ao presidente, mas o perdão ainda não era uma tradição estabelecida. Naquele ano, o presidente Harry Truman recebeu um peru como parte de uma campanha para promover a indústria de aves, mas o animal não foi poupado.
Durante os anos 1960, o perdão simbólico começou a tomar forma quando o presidente John F. Kennedy decidiu poupar um peru dizendo “vamos deixá-lo continuar”.
A prática foi oficializada em 1989 pelo presidente George Bush (1924-2018), que declarou que o peru não seria servido na mesa de jantar e viveria em uma minifazenda. Desde então, o “perdão presidencial” tornou-se uma tradição anual, marcada por humor e simbolismo, reforçando o espírito de gratidão em um dos principais feriados dos Estados Unidos.
Redação / Folhapress