Empresário suspeito de hostilizar Moraes diz aguardar acusação para se explicar à PF

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Abordado pela Polícia Federal depois de um episódio de hostilidade ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), no aeroporto internacional de Roma, Roberto Mantovani Filho, 71, disse aguardar um comunicado oficial sobre a acusação que pesa contra ele para poder detalhar sua versão do episódio.

O empresário Roberto Mantovani Filho disse que estava acompanhado de sua família, incluindo duas netas, de 4 e 2 anos, ao serem questionados por agentes policiais na chegada ao Brasil. Por isso, preferiu não conversar com uma delegada da PF na madrugada deste sábado (15), deixando para comparecer à corporação posteriormente.

Mantovani afirmou à Folha de S.Paulo que avistou Moraes no aeroporto internacional de Roma nesta sexta-feira (14), mas que não falou com ele. “O que eu posso falar para você é que eu vi realmente o ministro. Ele estava sentado em uma sala, mas eu não dirigi nenhuma palavra a ele”, disse.

Ele, a esposa e o genro são alvos de uma apuração da PF, acionada para averiguar as circunstância de uma abordagem a Moraes e familiares no terminal aeroportuário da capital italiana.

Os agentes investigam ainda se houve agressão a um dos filhos do ministros. Questionado sobre essa suspeita, o empresário preferiu não comentar.

“Isso aí a polícia não perguntou nada a respeito, por isso eu prefiro aguardar para saber do que estou sendo acusado, se minha família sendo acusada de algo”, afirmou.

Ao desembarcarem no Brasil na madrugada deste sábado, por volta das 5h, o empresário e a família foram ouvidos por agentes federais.

“Nós conversamos [com os policiais federais] e eles pediram para fazer um breve relato do que tinha ocorrido em Roma. Eu fiz esse relato”, disse Mantovani.

O empresário afirmou que os policiais deram a opção de conversar com a delegada da PF naquele momento ou em um outra oportunidade, a ser agendada.

De acordo com ele, como estava acompanhado “das minhas duas netas, de 4 e 2 anos, da minha filha, do meu filho de 20 anos, do meu genro e da minha esposa”, o grupo decidir ir embora.

“Vou aguardar um comunicado [da PF] para saber que eu estou sendo acusado”, disse.

MARCELO ROCHA / Folhapress

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