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Empresas ao redor do mundo estão preocupadas com a queda do preço do barril do petróleo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Empresas ao redor do mundo estão com os cabelos em pé com a queda do preço do barril do petróleo e outras notícias do mercado nesta terça-feira.

**ALERTA MÁXIMO**

O petróleo está a preço de banana. A princípio, tendemos a pensar que é sempre bom que algo esteja custando menos –sobretudo quando se trata de uma das commodities mais cobiçadas do mundo.

Sim, mas…A baixa nos valores do óleo coloca as petroleiras em apuros, entre elas, a Petrobras. A estatal pode não ter a receita esperada e, portanto, não conseguir honrar os compromissos que assumiu.

🛢️ Em liquidação. O preço do Petróleo Brent Futuro fechou em queda mais uma vez ontem, com o barril do óleo custando US$ 64,18 (R$ 363). O valor representa uma baixa de 20% em relação ao fechamento mais alto do ano, em janeiro.

↳ Brent é um tipo de petróleo, mais leve e com poucas quantidades de enxofre. Ele é usado como referência para a precificação da commodity em quase todo o mundo. É negociado na ICE, bolsa intercontinental de valores, em Londres.

O que está acontecendo? As tarifas impostas por Donald Trump elevaram os custos da produção do óleo, o que fez com que empresas dos EUA cortassem gastos e paralisassem plataformas de perfuração.

Ainda, a Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), que determina o funcionamento deste mercado, anunciou dois aumentos consecutivos na produção, o que ajudou a derrubar as cotações.

🟢 Trump quer o petróleo mais barato, uma vez que uma queda no preço ajuda a baratear o custo da energia, do transporte e pode amortecer a inflação no país que comanda.

🔴 As petroleiras se preocupam pois terão de produzir mais para tentar arrecadar o que prometeram neste ano. As empresas do setor já estão cortando gastos e reduzindo investimentos.

“A palavra de ordem agora é aguentar firme”, disse Herbert Vogel, diretor executivo da SM Energy, durante a conferência Super DUG em Fort Worth, no Texas.

🇧🇷 E a Petrobras? Começa a pensar em apertar os cintos, ou seja, ainda não tomou medidas sobre o assunto. Segundo a presidente da estatal, Magda Chambriard, os preços dela estão “confortáveis” neste momento.

“Tanto gasolina quanto diesel, estamos abaixo do preço de paridade. (…) Se cair mais o preço do petróleo, é certo que vamos reduzir os preços dos combustíveis”, comentou durante um evento no BNDES.

↳ A receita da Petrobras é crucial para o governo federal brasileiro. Como acionista majoritário da empresa, o Planalto recebe a maior parte dos dividendos. Se a quantia a ser distribuída cair, não será legal para um certo ministério que quer aumentar a arrecadação.

[+] Falando em governo, aí vão algumas sugestões de leitura para não perder o bonde andando no bafafá com a equipe econômica.

Se o Congresso derrubar o decreto do IOF, R$ 12 bilhões em emendas parlamentares podem ser travados para equilibrar as contas públicas.

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, aproveitou a situação para cutucar o Congresso. Ele disse que equilibrar o orçamento é um desafio “de todos”.

**NOVELA DO IOF**

As idas e vindas dela foram explicadas na edição de ontem (leia aqui). Como todo bom folhetim, há atualizações. Teste abaixo se você está por dentro da “novela do IOF”.

Economistas calculam que o novo IOF encarece ainda mais o crédito para a empresas. A nova alíquota corresponde a um aumento da Selic de:

a) 0,20 a 0,50 pontos percentuais

b) 1 ponto percentual

c) 5 pontos percentuais

Quanto a Receita Federal calcula que pode arrecadar com o aumento do IOF já em 2025?

a) R$ 10 bilhões

b) R$ 20 bilhões

c) R$ 50 bilhões

**DIA DE CAÇA, DIA DO CAÇADOR**

Diga-me com quem andas, que eu direi quem tu és. Vez ou outra, uma parceria que parecia promissora sai pela culatra. É o que aconteceu com Tim Cook, atual CEO da Apple.

O empresário passou anos associado à imagem de aliado de Donald Trump no Vale do Silício, citado em falas do presidente desde o seu primeiro mandato. O jogo, contudo, parece ter virado, e ele pode estar entre os mais prejudicados pelas medidas do republicano.

📢 Nome que não sai da boca…de Trump. Durante a recente viagem que fez ao Oriente Médio, o presidente criticou Cook repetidas vezes. Ele teria sido convidado para a excursão, mas recusou.

“Tim Cook não está aqui, mas você está”, disse para Jensen Huang, CEO da Nvidia.

“Tive um probleminha com o Tim Cook”, falou no Qatar. “Mas eu ouvi falar que ele está construindo na Índia agora. Eu não quero você construindo na Índia”.

Negócios à parte. Ainda que o republicano e o empresário tenham sustentado uma simpatia mútua por algum tempo, o presidente não teve dó ao canetar tarifas para o setor da tecnologia.

Em um primeiro momento, até parecia que o aliado teria uma colher de chá. No momento em que EUA e China ainda tinham alíquotas estratosféricas um para o outro, Trump anunciou que os smartphones e outras tecnologias teriam taxas menores na importação.

Depois, começou a pegar no pé de Cook para que retornasse a produção de iPhones para terras americanas exclusivamente –coisa que o executivo não está nem um pouco afim de fazer, uma vez que aumentaria muito o custo de fabricação.

Mudança de planos. Diante do risco de enfrentar tarifas altíssimas com a guerra comercial entre EUA e China cada vez mais quente, a Apple está investindo em ampliar a fabricação de telefones na Índia.

Lembra? A Foxconn, empresa responsável pela planta na Índia, fechou uma promessa de investimento de US$ 12 bilhões (R$ 96 bilhões na cotação atual) em investimento no Brasil há 14 anos;

Sim, mas…Boa parte do projeto continua no papel. Clique aqui para conhecer a novela.

A notícia desagradou a Casa Branca, que respondeu com a ameaça da implementação de uma tarifa de 25% para todos os smartphones produzidos fora dos Estados Unidos.

⏰ Péssimo “timing”. O momento para a Apple receber uma punhalada dessas é o pior possível. A empresa sofreu uma derrota na Justiça dos EUA, e precisará abrir mão de algumas vendas e comissões dentro da loja de aplicativos do sistema iOS, a App Store.

A companhia passa a impressão ao mercado de estar atrasada na corrida da IA.

Na semana passada, um de seus principais nomes do passado, Jony Ive, se juntou à OpenAI para ajudar no design de hardware.

QUEM TEM MEDO DA HUAWEI?

O Brasil não. Os Estados Unidos talvez sim.

O governo federal está incorporando os sistemas de inteligência artificial da Huawei em novos projetos, e, com isso, pisa no calo dos americanos.

Aproximação. O Brasil é um dos focos da expansão tecnológica dos chineses. Durante a visita do presidente Lula a Pequim, neste mês, ele disse:

“A nossa relação com a China é estratégica. A gente quer inteligência artificial. A gente quer tudo o que eles podem compartilhar conosco”.

No dia anterior, ele e Xi Jinping anunciaram um acordo com a Dataprev, empresa pública brasileira de tecnologia, e a Sparkoo, plataforma para serviços de nuvem da Huawei. A ideia é criar uma infraestrutura que comporte o avanço da IA no país.

Na descrição do próprio presidente brasileiro, é um dos primeiros frutos das “sinergias” buscadas desde o ano passado entre os programas de desenvolvimento dos dois países, Novo PAC, Nova Indústria Brasil e a Iniciativa Cinturão e Rota.

A forma física…desta parceria deve se manifestar em datacenters da estatal brasileira e institutos acadêmicos no Nordeste, em capitais como Fortaleza.

O Planalto também pretende repassar os sistemas de IA em áreas como a saúde, segurança pública e mobilidade.

E qual o problema? Depende para quem você pergunta. Para os governos brasileiro e chinês, nenhum. Para o americano, no entanto, há muitos.

Trump já ameaçou algumas vezes punir quem usasse chips de IA dos rivais “em qualquer lugar do mundo”. Os EUA, sobretudo sob o mandato dele, têm investido pesado no desenvolvimento da tecnologia e em manter-se na vanguarda do desenvolvimento.

A adoção dos sistemas dos inimigos comerciais internacionalmente são uma ameaça à dominância que o presidente quer agarrar com unhas e dentes.

Desafio mútuo. Não é como se fosse fácil para os chineses entrar no mercado brasileiro. Em evento no final do ano passado, o fundador da Huawei, Ren Zhengfei, 80, lembrou a trajetória no Brasil, onde a empresa está presente desde pelo menos 1999.

“As leis são tão complexas que é muito difícil para os advogados entenderem a legislação brasileira”, disse. “Levamos 20 anos para finalmente passarmos do prejuízo para o lucro no Brasil. Até hoje, não é possível dizer que vamos sobreviver.”

**DICAS DE CARREIRA**

Os primeiros dias em um novo emprego são adrenalina pura. Um misto de confusão, por ainda não saber muito bem o que fazer, e empolgação pelas novidades. Tudo pode acontecer: projetos, amigos, promoções…

O tempo vai passando e os dias vão ficando iguais, os defeitos aparecem e o tédio também. Às vezes o excesso de trabalho é o que estressa, outras, a escassez dele. Quando percebeu, a felicidade foi-se embora. O que fazer e como saber se é hora de cair fora?

💡 Primeiro, um lembrete. Você não está sozinho neste barco. Na verdade, 26,72% dos 387 liderados entrevistados pela School of Life estão descontentes em suas posições.

Os primeiros sinais. Sentir-se aprisionado e sem espaço para ser autêntico são indicativos flagrantes de que algo de errado não está certo. Estar frustrado com salários, funções e planos de carreira também impactam na encheção de saco.

O psicólogo especialista em ambiente corporativo, Wanderley Cintra Jr., lista alguns sintomas da frustração:

Maior desgaste corporal, como dores no estômago, cabeça e dificuldade para dormir;

Menor valorização dos momentos de lazer (preocupação e culpa em tirar folgas, por exemplo);

Falta de autocuidado (como tomar água, se alimentar direito, e até questões básicas de higiene).

E agora? Se você se identificou com este breve manual, talvez seja a hora de agir para mudar. Veja dicas de profissionais sobre como fazer isso na edição desta semana da Folha Carreiras, newsletter que fala sobre temas do mundo corporativo.

LUANA FRANZÃO / Folhapress

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