Empresas de segurança ligadas a policiais e GCMs são investigadas, diz vice-governador de SP

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth (PSD), afirmou que servidores públicos estaduais e empresas de segurança privada ligadas a policiais militares e guardas-civis metropolitanos que atuam na área da cracolândia estão sendo investigadas em inquérito aberto pela Polícia Civil.

Reportagem da Folha de S.Paulo mostrou que a empresa da mulher de um policial militar ofereceu serviço de vigilância privada a moradores e comerciantes do entorno da cracolândia por até R$ 5.000 ao mês. A região sofre com o aumento da violência e com o tráfico de drogas há cerca de um ano, após a dispersão de usuários de drogas pelas ruas do centro da cidade.

“Infelizmente existem maus profissionais em todas as profissões. Nas forças de segurança, não é diferente. A denúncia [da Folha] só acabou vindo à tona por conta de uma investigação feita justamente pela Polícia Civil”, disse Ramuth na manhã desta quarta-feira (21) durante participação na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre a epidemia do crack na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo). “Não posso dar detalhes, mas são investigados não só servidores, como também empresas que possam ter alguma ligação”, continuou.

No último dia 7, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) disse que a Controladoria-Geral do Município encaminhou ao Ministério Público um pedido de prisão de guardas municipais suspeitos de cobrar taxas de segurança de moradores e comerciantes da região central.

Os agentes foram afastados após reportagem da TV Band revelar um possível esquema de corrupção que cobraria taxas para fornecer segurança a comerciantes da região. De acordo com a prefeitura, as investigações seguem em sigilo.

Uma reportagem da Folha de S.Paulo mostrou também que criminosos responsáveis pela distribuição de drogas na cracolândia estão cobrando pagamentos mensais para retirar o fluxo de dependentes químicos da porta dos estabelecimentos e de residências na região.

BRUNO LUCCA / Folhapress

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