Enchentes no RS tiveram custo de R$ 87 bilhões, diz presidente do BID

NOVA YORK, EUA (FOLHAPRESS) – O presidente do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Ilan Goldfajn, disse neste domingo (22) que as enchentes no Rio Grande do Sul no primeiro semestre geraram uma perda de R$ 87 bilhões.

O cálculo foi feito a partir de uma avaliação do BID com o Banco Mundial e a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o

“O Rio Grande do Sul foi uma tragédia. Quando ocorreu, a gente se comprometeu a fazer três coisas: uma é fazer uma avaliação com outras instituições, Banco Mundial, a Cepal. A gente, de fato, tem uma avaliação de um custo pesado, de R$ 87 bilhões. Só, por 2024, significa uma queda de 1,8% do PIB [do estado]”, disse Goldfajn.

Ele participou de um evento em Nova York organizado pelo Cebri (Centro Brasileiro de Relações Internacionais). As declarações do presidente do BID foram disponibilizadas por sua assessoria.

“Segundo, a gente também falou que precisa ter ajuda emergencial e ajuda de reconstrução. Na ajuda emergencial, a gente falou de até R$ 1,5 bilhão –isso já foi 70% já desembolsado. Além disso, teve ajuda humanitária que veio de várias fontes. E teve assistência técnica” declarou.

Segundo ele, o BID deve disponibilizar outros R$ 4 bilhões para eventuais projetos relacionados à reconstrução do estado.

“A gente já olhou, e 80% desses R$ 4 bilhões já têm o seu destino. Uma parte desse destino, já foi colocado aqui, é para pequenas e médias empresas. Outra parte para infraestrutura, resiliência, outra parte para capacitação, outra parte também para poder ajudar os governos, o estadual também.”

O Rio Grande do Sul foi afetado entre abril e maio por enchentes históricas, que deixaram mais de 180 mortos e causaram destruição no estado.

As enchentes afetaram 478 municípios do Rio Grande do Sul, que é formado por 497 cidades.

A tragédia gerou prejuízos em diversas áreas da economia, inclusive na infraestrutura. Estradas ficaram danificadas e pontes foram arrancadas pela força das águas.

RICARDO DELLA COLETTA / Folhapress

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