SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Uma engenheira civil de 63 anos foi morta durante uma tentativa de roubo à residência em que ele morava na alameda dos Jurupis, em Indianópolis, bairro de alta renda na zona sul de São Paulo, na madrugada desta quarta-feira (18).
A vítima foi identificada como Eliane Toniolo. Ela morava na casa com a filha.
Conforme o boletim de ocorrência, policiais militares foram chamados para atender a um roubo em andamento. Ao chegarem, os PMs encontraram o portão da garagem danificado. Um dos policiais pulou o muro e conseguiu entrar no imóvel.
Eles encontraram uma mulher, filha de Eliane, trancada em um dos cômodos.
Eliane estava no chão com ferimentos no rosto e no abdômen. Ao lado dela os policiais encontraram um revólver.
A filha da vítima, de 28 anos, relatou aos policiais que elas dormiam no mesmo quarto quando ouviram, durante a madrugada, cachorra de estimação latindo de forma anormal, por causa de barulhos.
De acordo com a jovem, Eliane deixou o quarto e retornou em seguida dizendo que o barulho talvez viesse de um vizinho. Pouco tempo depois, elas escutaram novamente um barulho e deixaram o quarto. Eliane então pegou um revólver velho que tinha encontrado guardado no cofre dos avós no dia anterior. Ao chegar à porta entre a sala de jantar e a de estar elas viram ao menos uma pessoa.
A jovem contou que, ao notar que seriam roubadas, empurrou a porta, mas o bandido conseguiu impedir o fechamento. Eliane teria então levantado o revólver –foi quando recebeu um tiro.
O homem fugiu. Uma equipe do Corpo de Bombeiros constatou a morte da engenheira no local.
A filha, que aparentava estar assustada, declarou à polícia não saber se algo foi roubado. Ela relatou que a família estava de mudança, com objetos já armazenados dentro de caixas. Segundo ela, algumas pessoas haviam comparecido ao local recentemente a fim de buscar objetos que elas vendiam.
O delegado Eduardo Luis Ferreira, titular do 27º DP (Campo Belo), disse que a hipótese de crime de latrocínio –roubo seguido de morte– é a mais provável, mas que outras não estão descartadas.
“A família estava de mudança. As coisas estavam até encaixotadas. A pessoa que morreu tinha achado essa arma e usou essa arma para se defender quando ouviu o barulho. Tem arrombamento na casa, tem um portão arrombado. Então a gente trabalha com a hipótese de latrocínio”, disse.
O latrocínio é um tipo de crime que tem crescido em São Paulo. Entre janeiro a julho deste ano foram 32 vítimas ante 25 no mesmo período do ano passado.
PAULO EDUARDO DIAS / Folhapress