Entenda o que Dorival indicou em seu 1º ato na seleção

SANTOS, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O técnico Dorival Júnior indicou alguns caminhos na sua primeira entrevista na seleção brasileira.

FEIJÃO COM ARROZ

Dorival não promete um time super ofensivo. Ele quer uma equipe equilibrada, onde todos tenham função defensiva.

O técnico não se apega a esquemas e frisa que sempre se adaptou ao elenco que recebeu. Agora, ele poderá montar sua seleção.

A ideia é montar um jeito de jogar onde os principais atletas se sintam confortáveis. Todos, porém, precisarão se preocupar em marcar.

Outra previsão é dirigir uma seleção mesclada entre jogadores jovens e experientes. Dorival acredita que essa é a melhor forma de deixar um time competitivo.

“Nunca cheguei com sistema pré-estabelecido. Nunca faço isso. Procuro identificar o que tenho em mãos e, a partir daí, poder definir o sistema que posso empregar. Números são relativos, não me apego a números, a 3-5-2, a 4-3-3, isso é balela. Temos de defender com o maior número possível e atacar da mesma forma. O equilíbrio, para mim, é fundamental. Acho que esse feijão com arroz tem o tempero de cada estado”, disse o técnico.

CRITÉRIOS DE CONVOCAÇÃO

Dorival deu outros dois recados: a seleção precisa de jogadores comprometidos e inteligentes taticamente. Não é só a técnica que contará.

O treinador deu o exemplo de Zagallo para pedir vontade a cada treino e jogo. “Os atletas precisam sentir um pouco mais a camisa da seleção”, disse.

Nesse primeiro momento, o técnico pode ocorrer a caras “ponta firme”, que já tenham trabalhado com ele e sejam confiáveis.

“Vou errar, de repente não convocando aqueles que um ou outro imaginem que seja o ideal, mas vou tentar trazer aqueles que estão em melhores condições. Em alguns momentos, uma possibilidade tática, um jogador que tenho muita confiança e estou repetindo, mesmo que não esteja em grande momento. O principal é que se adaptem rapidamente e integrem uma condição para que possamos achar um caminho”, afirmou Dorival.

APAZIGUADOR

Dorival Júnior fez um discurso calmo e pediu ajuda. Ele ressaltou o sonho de comandar a seleção brasileira.

Dorival citou Felipão, Mano Menezes, Tite e Fernando Diniz. Ele se se disse aberto a receber conselhos de quem tem ou não experiência na CBF.

Outro pedido foi por um voto de confiança do torcedor: “Que eles possam viver um pouco mais a seleção”.

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, entende que Dorival é o nome ideal neste momento de turbulência na CBF: um profissional de boa aceitação pública e que foge de polêmicas.

RESPALDO

Dorival está disposto a ajudar a CBF, mas não vai deixar de cobrar paz para trabalhar. O presidente Ednaldo Rodrigues retornou à presidência, mas segue ameaçado.

De forma sutil, o técnico tornou público o pedido de liberdade à CBF para montar sua equipe e tomar decisões no dia a dia. Dorival quer ter atuação frequente na confederação.

O novo comandante irá analisar a comissão fixa e trazer outros profissionais, como o filho e auxiliar Lucas Silvestre e o preparador físico Celso Rezende.

Outra pendência é o diretor. Com a recusa de Filipe Luís, Ednaldo Rodrigues e Dorival Júnior ainda não chegaram a um consenso.

“Com relação à comissão, venho conversando com o presidente. É um momento que preciso ter ao meu lado pessoas que também confiei e já trabalhei. Algumas funções serão necessárias, dentro da liberdade que ele me deu de escolha de alguns elementos. Não que os que aqui estão não sejam bons profissionais. Não é isso. É que eu preciso ter pessoas ao meu lado com quem já tive momentos positivos e negativos. Apenas isso. Em algumas situações precisaremos intervir e o presidente me deu liberdade”, afirmou o técnico.

LUCAS MUSETTI PERAZOLLI / Folhapress

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