SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os líderes das 19 maiores economias do mundo, bem como da União Europeia e da União Africana, vão se reunir no Rio de Janeiro na próxima semana. Os negociadores e dirigentes do G20 devem debater temáticas relacionadas ao combate à fome, pobreza, desigualdade, desenvolvimento sustentável e governança global.
Sob presidência brasileira desde o final de 2023, o grupo reúne os oito países mais ricos do mundo, além de 11 países em desenvolvimento (sem contar os dois blocos econômicos regionais). São eles: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia.
Confira abaixo os termos mais comuns da reunião.
G20 SOCIAL
O G20 Social é uma iniciativa criada durante a presidência do governo brasileiro no G20, que iniciou em novembro de 2023. O projeto visa promover a participação da sociedade civil em políticas públicas e nas decisões do grupo. O G20 Social abrange 13 grupos de engajamento, como o C20 (sociedade civil), T20 (think tanks) e Y20 (juventude), que trabalham em conjunto para promover pesquisas, produzir relatórios e, consequentemente, influenciar políticas internacionais.
Às vésperas da Cúpula de Líderes, o G20 Social terá seu ponto alto na Cúpula Social -de quinta (14) a sábado (16)-, que tem organizações não governamentais em seu comitê organizador. Entre elas estão a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), a Marcha Mundial das Mulheres (MMM), a Central Única das Favelas (Cufa) e o Movimento de Trabalhadores Rurais sem Terra (MST).
U20
O U20 é um dos grupos de engajamento do G20 Social e consiste em uma iniciativa que agrupa cidades dos países membros do G20. O objetivo é promover uma diplomacia entre os territórios, com debates e articulações nas pautas de economia, clima e desenvolvimento.
T20
Assim como o U20, o T20 também compõe um dos grupos de engajamento do G20 Social. Nesse caso, o objetivo é promover encontros, debates entre think tanks -centros de pesquisa, pensamento e reflexão- e institutos de pesquisa dos países membros e convidados. Estes são encorajados a discutir e pensar formatos sobre políticas públicas e orientações a serem tomadas pelo G20.
SHERPAS
No G20, os sherpas são líderes diplomáticos responsáveis por encaminhar as discussões e negociações de seus países até a cúpula final, com a presença dos chefes de Estado e de governo. Pelo Brasil, o sherpa indicado neste ciclo é o embaixador Mauricio Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty.
Em linguagem tibetana, sherpa significa “povo do leste”. Eles são uma etnia da região montanhosa do Nepal e são responsáveis por guiar os alpinistas que escalam o Monte Everest. Os escaladores chegam ao cume da montanha com a ajuda das habilidades desse povo.
MAM
O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro será a sede para a cúpula do G20 deste ano. Criada em 1948, fica no Aterro do Flamengo, próximo ao Aeroporto Santos Dumont -que fechará nos dias 18 e 19- e ao centro histórico da cidade. O museu é conhecido por sua arquitetura modernista, assinada por Affonso Eduardo Reidy, e seus jardins, idealizados por Roberto Burle Marx. O edifício foi recentemente reformado e abrigará as reuniões dos líderes.
GABRIEL BARNABÉ / Folhapress