SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A Escola Franciscana Nossa Senhora de Fátima denunciou que seus alunos foram alvos de racismo por alunos do Colégio Galois, durante um jogo de futsal em Brasília. O caso ocorreu no dia 3 de abril, mas a escola publicou os fatos no último dia 10.
Alunos foram chamados de “macacos”, “filho de empregada” e “pobrinho”. Ofensas teriam ocorrido durante um jogo do torneio “Liga das Escolas” e teriam deixado os estudantes “abalados”, segundo a Escola Nossa Senhora de Fátima. A partida ocorreu em uma quadra do Colégio Galois.
Colégio de ofensores “se mostrou conivente”, diz escola. A direção da Escola Nossa Senhora de Fátima afirmou que nenhuma providência foi tomada sobre a atitude dos alunos, apesar da presença de vários professores, responsáveis e juízes.
“Embora tivessem diversos responsáveis no local, nenhuma providência efetiva e adequada foi adotada pelos prepostos do Colégio Galois que estavam presentes nas instalações do ginásio. Importante destacar que os alunos ‘agressores’ encontravam em sua maioria uniformizados, ou seja, estavam sob a guarda e responsabilidade do Colégio Galois que, neste caso, mostrou-se conivente com a situação humilhante e vexatória vivida pelos alunos da Escola Fátima. É inadmissível que em pleno século XXI, ainda tenhamos que presenciar atos tão repugnantes como os que foram direcionados aos nossos atletas. O preconceito racial e social não deve ter espaço em nenhum ambiente, especialmente em uma escola, onde os alunos devem ser ensinados a valorizar a diversidade e a promover o entendimento mútuo”, afirma a scola Franciscana Nossa Senhora de Fátima, em comunicado
OUTRO LADO
Escola denunciada diz que abriu investigação interna. O Colégio Galois publicou uma nota em que lamenta o ocorrido e diz não ser conivente com o racismo. Além disso, informaram que pretendem identificar os envolvidos e aplicar “medidas disciplinares”.
THIAGO BOMFIM / Folhapress