A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo suspendeu as aulas nas escolas da rede na capital e região metropolitana nesta terça-feira (3), em razão da greve de funcionários do Metrô, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp. Consultas médicas e o rodízio de veículos estão suspensos.
A paralisação afeta as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata (do Metrô); e 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade (da CPTM). Já as linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda, que são administradas pela iniciativa privada, vão funcionar normalmente.
A greve nas três companhias estaduais ocorre em protesto contra os planos de privatização do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
“A dispensa foi definida para que nenhum estudante ou trabalhador seja prejudicado com eventuais faltas, na impossibilidade de chegar até a escola”, comunicou a secretaria, em nota.
Provas serão remarcadas, inclusive nas escolas que estão aplicando a repescagem da Prova Paulista, a avaliação bimestral aplicada em toda a rede. A secretaria também organizará a reposição de aulas, em data a ser divulgada em breve.
Na capital paulista, a rede pública municipal permanecerá com as escolas abertas para receber alunos, seguindo a orientação da gestão do prefeito Ricardo Nunes de manter funcionando os serviços essenciais.
No transporte público, a Justiça determinou a manutenção dos serviços de trem e metrô em 100% nos horários de pico e de 80% nos demais períodos, além de 85% do contingente da Sabesp, sob pena de multas diárias de até meio milhão de reais aos sindicatos. A liberação das catracas foi proibida por decisão judicial, pelo alto risco de tumultos e possíveis acidentes nas estações, afirmou a gestão Tarcísio.
A EMTU determinou que as operadoras do sistema metropolitano de ônibus reforcem a frota em pontos estratégicos da Grande São Paulo, de acordo com a necessidade do momento. Segundo a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, o sistema Paese não será acionado nesta terça, já que ele funciona apenas em casos de emergência.
A frota de ônibus da capital ficará 100% em operação. A SPTrans ampliou o itinerário de 25 linhas municipais de ônibus, para permitir que os passageiros consigam chegar mais próximo de locais com maior concentração de comércio e serviços
O governo estadual classifica a greve como ilegal e diz esperar que as categorias cumpram a determinação judicial.
Já os sindicatos argumentam que aceitam trabalhar com efetivo total caso o governo adote a liberação das catracas, uma reivindicação histórica das categorias durante paralisações. A liberação das catracas foi proibida por decisão judicial pelos altos riscos de tumultos e possíveis acidentes nas estações.
Redação / Folhapress