Escolas pedem punição da campeã Viradouro por excesso de pessoas na comissão de frente

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Quatro escolas de samba entraram com um recurso na Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio) para penalizar a comissão de frente da Viradouro, campeã do Carnaval do Rio de Janeiro. O movimento é encabeçado por Imperatriz Leopoldinense e Grande Rio, que disputaram o título com a escola de Niterói.

Elas alegam que a Viradouro descumpriu a regra de apenas 15 componentes visíveis na comissão de frente. A Liesa afirmou que os recursos foram aceitos, mas só serão analisados na quinta-feira (15).

“Todos os recursos foram aceitos e serão analisados e respondidos até amanhã, quando faremos reunião com as escolas que voltarão para desfilar no sábado [17]”, disse o presidente da Liesa, Jorge Perlingeiro.

No entanto, mesmo com uma eventual punição, o resultado desta quarta-feira não vai mudar. Isso porque a Viradouro teve uma diferença de mais de 5 décimos para a segunda colocada, Imperatriz.

As escolas alegam que a agremiação de Niterói feriu o regulamento que prevê o limite de 15 componentes na comissão de frente. O que é questionado é que, após os bailarinos subirem e se esconderem dentro do elemento cenográfico da apresentação, outros personagens apareceram. Se forem novos integrantes, e não os mesmos bailarinos com roupas diferentes, a Viradouro pode ter extrapolado o número limite de componentes.

O presidente de honra da Viradouro, Marcelo Petrus Calil, se defendeu afirmando ter cumprido ao regulamento.

“Existe uma comissão de obrigatoriedade e ela vai dizer se cumpriu um não. Eu sempre cumpro o regulamento. Vamos esperar abrir os envelopes”, disse à TV Globo.

Antes da apuração, o presidente da Liesa afirmou que nenhuma das escolas feriu as obrigatoriedades.

Em nota, a Grande Rio detalhou o motivo pelo qual entrou com o recurso contra a Viradouro:

“O grupo contendo dez integrantes manteve-se em cima do tripé, permanecendo imóvel durante parte da apresentação do outro grupo, que também estava na cena de forma aparente. Este fato que por si já determinaria o excesso cometido, não sendo relevante se os grupos estão juntos no tripé ou não”, disse a escola.

“Contudo, em determinado momento da coreografia o grupo de 12 integrantes ainda sobe no tripé e se junta ao outro que está fantasiado de palha imóvel. Neste momento o flagrante caso de violação se acentua de maneira inequívoca, já que ambos os grupos estavam dividindo o mesmo espaço cênico. Assim que o grupo de doze integrantes se esconde dentro do tripé, o outro grupo inicia uma evolução de dança”.

CAMILA ZARUR / Folhapress

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