Estado de São Paulo confirma cinco casos de oropouche

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A SES (Secretaria de Estado da Saúde) de São Paulo confirmou nesta segunda-feira (5) que já são cinco o número total de casos de febre oropouche no estado. Os registros são da região do Vale do Ribeira.

São quatro casos no município de Cajati e outro em Pariquera-Açu. Segundo a SES, todos os pacientes já estão curados. Até a última sexta-feira (2), havia três casos confirmados.

Os casos são classificados como autóctones, ou seja, ocorreram no próprio local onde os pacientes vivem, sem histórico de deslocamento para regiões com maior reincidência da doença.

Em Cajati, dois dos pacientes infectados foram confirmados como sendo moradores de áreas rurais que vivem próximos a plantações de bananas. De acordo com a secretaria, eles apresentaram sintomas semelhantes ao da dengue e não tinham histórico de deslocamento nos últimos 30 dias.

A arbovirose é causada pela picada do mosquito Culicoides paraensis, conhecido como maruim, infectado com o vírus.

Pelo menos 7.286 casos de febre oropouche atingem 21 estados brasileiros, segundo o Ministério da Saúde.

No dia 25 de julho, o ministério confirmou as primeiras duas mortes pela doença no mundo, que ocorreram na Bahia. Os casos são de mulheres do interior com menos de 30 anos, sem comorbidades, mas que tiveram sinais e sintomas semelhantes a um quadro de dengue grave.

Na última sexta-feira (2), o Ministério confirmou ainda a morte de um feto de 30 semanas causada pela transmissão de oropouche a partir da gestante, uma mulher de 28 anos. O caso aconteceu em Rio Formoso (PE) e foi confirmado a partir de exames que descartaram outras hipóteses.

A pasta diz ainda que estão em investigação oito casos de transmissão vertical de oropouche, em que quatro resultaram em óbito fetal e os outros apresentaram anomalias congênitas, como a microcefalia.

O vírus oropouche é endêmico em algumas regiões da América Latina, especialmente na Amazônia. A doença se manifesta com sintomas que podem incluir febre alta, dor de cabeça intensa, dores no corpo e nas articulações e, em alguns casos, erupções cutâneas.

Em julho, o Ministério da Saúde já havia divulgado uma nota relatando preocupação com os possíveis riscos para grávidas pela infecção do oropouche, com possibilidade de danos ao feto.

A pasta recomenda como medidas de proteção evitar ou reduzir a exposição às picadas dos insetos, com uso de roupas cumpridas, de sapatos fechados e de repelentes, principalmente nas primeiras horas da manhã e ao final da tarde.

As pessoas também podem adotar medidas como limpeza de terrenos e de locais de criação de animais, recolhimento de folhas e frutos que caem no solo, uso de telas de malha fina em portas e janelas.

Redação / Folhapress

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