Estado de São Paulo confirma dois casos de febre oropouche

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Nesta quinta-feira (1º), a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou dois casos de febre oropouche em Cajati, no Vale do Ribeira (a 199 quilômetros da capital paulista).

Segundo a pasta, os dois primeiros casos da doença foram atendidos em unidades sentinelas do estado, responsáveis pelo monitoramento da febre oropouche. O diagnóstico foi feito por teste PCR coletado pelo Instituto Adolfo Lutz, descartando doenças como zika, chikungunya e febre amarela.

Os pacientes infectados são moradores de áreas rurais e vivem próximos a plantações de bananas. De acordo com a secretaria, os dois apresentaram sintomas semelhantes ao da dengue, não tinham histórico de deslocamento nos últimos 30 dias e já estão curados da doença.

A arbovirose é causada pela picada do mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim, infectado com o vírus.

Os casos como os identificados em Cajati são classificados como autóctones, ou seja, são aqueles em que o paciente foi infectado pela doença no próprio local onde vive, sem histórico de deslocamento para regiões com maior reincidência da doença.

O Ministério da Saúde já registra mais de 7.000 casos da febre oropouche em 16 estados do país neste ano. Amazonas, Rondônia, Bahia, Espírito Santo e Acre são os estados com maior números de casos.

Os sintomas da febre são fortes dores de cabeça, dores musculares, náusea e diarreia. Outros sinais como tontura, dor atrás dos olhos e calafrios também podem ser manifestados.

Ainda não existe vacina para a doença e a forma de prevenção mais eficaz é com o uso de repelentes. Como tratamento, a indicação é de repouso e ingestão de líquidos.

O vírus foi registrado pela primeira vez no país em 1960 e, além do inseto, animais como bichos-preguiça, aves silvestres e roedores também podem ser hospedeiros do vírus.

Para prevenção, o indicado é evitar frequentar áreas com maior reincidência de casos, minimizar a exposição às picadas dos vetores com o uso de repelentes e roupas claras que cubram a maior parte do corpo, além de limpar terrenos e de locais de criação de animais.

Redação / Folhapress

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