Estado Islâmico poderia atacar eventos LGBTQIA+ em junho nos EUA, diz FBI

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A comunidade LGBTQIA+ dos Estados Unidos pode ser alvo do Estado Islâmico e de outras facções terroristas, alertaram o FBI e o Departamento de Segurança Interna. O anúncio ocorre a três semanas do início do mês do orgulho gay. As ameaças poderiam ocorrer de forma pessoal, online ou pelo correio.

“Organizações como o Estado Islâmico podem buscar explorar aglomerações aumentadas associadas ao próximo mês do orgulho de junho de 2024”, de acordo com o comunicado emitido pelas agências.

Em fevereiro passado, o Estado Islâmico “pediu aos seguidores que realizassem ataques em alvos não identificados, embora os ataques e alvos não fossem específicos para locais LGBTQIA+”, informaram os órgãos.

Em junho de 2016, um ataque a tiros na boate gay Pulse, em Orlando, deixou 49 mortos e 53 feridos. “Após o tiroteio na Pulse, mensagens pró-Estado Islâmico elogiaram este ataque como sendo de alto perfil em países ocidentais, e os apoiadores das organizações terroristas estrangeiras o celebraram”, diz o comunicado do FBI.

Embora não houve evidências de que o EI tenha dirigido ou tido conhecimento prévio do ataque, o atirador ligou para o serviço de emergência após o início do tiroteio para jurar lealdade ao grupo terrorista.

Em junho de 2023, três supostos simpatizantes do EI foram presos por tentarem atacar uma parada do Orgulho LGBT em Viena, na Áustria, usando facas e um veículo como parte do ataque.

Javed Ali, ex-diretor de contraterrorismo no Conselho de Segurança Nacional, disse à ABC News que membros da comunidade LGBT+ há muito tempo são alvo de grupos terroristas.

“Eles têm despertado a ira de apoiadores da Al-Qaeda e do Estado Islâmico no passado com base em seus estilos de vida e crenças”, disse Ali, que é professor na Escola de Política Pública da Universidade de Michigan.

Investigar medidas de segurança em eventos e questionamentos incomuns sobre eventos são todos sinais de que um atentado pode estar em planejamento, alertou o FBI.

No ano passado, especialistas sugeriram a possibilidade de cancelar eventos de junho relacionados à comunidade LGBT+ devido às ameaças recebidas. No entanto, nenhum grande encontro deixou de ocorrer.

A presidente e CEO da Glaad (Aliança Gay e Lésbica Contra a Difamação), Sarah Kate Ellis, disse em um comunicado à ABC News que os eventos do orgulho “unem comunidades” e que a segurança continua sendo uma prioridade para todos os encontros.

Redação / Folhapress

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