BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O valor aportado por estatais e bancos públicos para atividades relacionadas ao G20 o grupo das maiores economias desenvolvidas e emergentes do globo chega a R$ 89 milhões, segundo informações fornecidas pelo Itamaraty.
Esses aportes se somam aos R$ 340 milhões que o governo estimou gastar com a organização dos eventos do G20, presidido neste ano pelo Brasil.
Os dados fornecidos pelo grupo de trabalho responsável pelo G20 são referentes ao final de outubro.
As estatais e os bancos são chamadas na nota enviada pelo Itamaraty de “parceiros públicos e privados”. A partir de questionamento da reportagem, o ministério informou na ocasião que R$ 15 milhões foram repassados pela usina de Itaipu.
Não foram mencionadas quais outras empresas direcionaram recursos. A reportagem apurou que também há aportes de Petrobras, Caixa, BNDES e Banco do Brasil.
Um segundo pedido de informação pelo detalhamento dos repasses por empresa não foi respondido até as 13h30 desta quarta-feira (13).
“Considerando a relevância, ineditismo e alcance global do projeto, parceiros públicos e privados aportaram recursos totais de R$ 89 milhões para organização e realização de eventos e de atividades de interesse institucional das próprias empresas, entidades privadas e estatais relacionadas ao G20. Deste valor, R$ 15 milhões foram aportados por Itaipu”, disse o Itamaraty na nota.
“Os parceiros apoiam e realizam atividades de interesse relativas à da Cúpula de Líderes, a Cúpula Social, ao Festival da Aliança de Combate à Fome e à Pobreza, bem como encontros e eventos correlatos à agenda proposta pelo Brasil no âmbito da presidência do G20”.
O festival da Aliança de Combate à Fome e à Pobreza ocorrerá no Rio de quinta (14) a sábado (16) e conta com a ajuda na organização da primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, a Janja. Por essa razão, recebeu o apelido de “Janjapalooza”.
Cada artista receberá um cachê simbólico de R$ 30 mil, segundo o ministério da Cultura.
O ciclo da presidência do Brasil no G20 teve 109 reuniões técnicas e 23 ministeriais, além da cúpula de líderes. Treze cidades receberam encontros do grupo.
A estrutura do G20 organizado pelo Brasil não se compara com a presidência do ano passado, que coube à Índia. Na ocasião, foram realizadas reuniões em 60 cidades do país.
De acordo com o Itamaraty, a estimativa é que o governo liderado por Narendra Modi tenha desembolsado US$ 500 milhões (cerca de R$ 2,8 bilhões) com o evento.
RICARDO DELLA COLETTA / Folhapress