ARACAJU, SE (FOLHAPRESS) – Uma das maiores atrizes da história da televisão, Aracy Balabanian tinha um privilégio que somente nomes históricos tinham na Globo. Ela seguia contratada da emissora de forma fixa, em acordo que era renovado automaticamente de três em três anos.
Nos bastidores, esse vínculo é chamado de “contrato vitalício”, e somente artistas considerados essenciais ao elenco da casa conseguem manter-se com este status. Na dramaturgia, Lima Duarte e Fernanda Montenegro têm contrato nos mesmos moldes. Regina Duarte também tinha -até 2020, quando abriu mão do emprego na emissora para fazer parte do governo do então presidente Jair Bolsonaro.
No jornalismo, Cid Moreira e Sérgio Chapelin, os âncoras mais antigos do Jornal Nacional, estão neste patamar e seguem contratados mesmo depois de se aposentarem. Os dois fazem participações esporádicas na programação da Globo, que nos últimos anos passou a adotar assinar contratos por obra certa para economizar custos. Estrelas como Renato Aragão, Miguel Falabella, entre outras figuras da empresa, deixaram de ter acordo fixo.
Procurada, a Globo confirmou que Aracy Balabanian tinha contrato vigente com a empresa até o fim de sua vida.
O primeiro contrato de Aracy com a Globo foi em 1972, quando ela assinou para atuar na novela “O Primeiro Amor” (1972) e na versão brasileira do programa Vila Sésamo (1972). Antes, ela teve passagem de destaque pela extinta Rede Tupi (1950-1980).
Durante sua carreira, Balabanian colecionou papéis inesquecíveis, firmando-se como um dos rostos mais conhecidos da televisão brasileira. Conhecida pela versatilidade, ela marcou a TV com humor escrachado e drama profundo.
Entre seus trabalhos mais conhecidos na televisão, está a personagem Cassandra, do programa “Sai de Baixo”, exibido pela Globo entre 1996 e 2002. Além disso, deu vida à celebre Dona Armênia, na novela “Rainha da Sucata” (199), um de seus trabalhos mais conhecidos.
Outro papel que fez história foi Filomena Ferreto, a italiana que hipnotizava o público na novela “A Próxima Vítima” (1995). Sua última novela na televisão foi uma participação em “Pega Pega” (2017).
GABRIEL VAQUER / Folhapress