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EUA mudam trecho sobre independência de Taiwan em site do governo e Pequim pede correção

PEQUIM, CHINA E TAIPÉ, TAIWAN (FOLHAPRESS) – A China pediu que os Estados Unidos corrijam o que considera erros em uma atualização do Departamento de Estado americano sobre a independência de Taiwan —ilha com governo autônomo e regime democrático que Pequim considera parte inalienável de seu território.

O verbete, modificado na semana passada, mantém a oposição de Washington a mudanças unilaterais vindas tanto da ilha quanto da China, mas não tem mais a frase em que os EUA diziam não apoiar a independência de Taiwan, que constava na página anteriormente.

O site ainda ganhou uma referência à cooperação do território com um projeto de desenvolvimento de tecnologia e semicondutores do Pentágono. Além disso, agora o Departamento de Estado afirma que os EUA apoiarão a adesão de Taiwan a organizações internacionais “quando aplicável”.

Pequim denuncia regularmente qualquer reconhecimento internacional da ilha ou contato entre taiwaneses e autoridades estrangeiras —o que seria, para a China, um encorajamento aos movimentos de independência.

A atualização do site ocorre aproximadamente três semanas após o presidente dos EUA, Donald Trump, voltar à Casa Branca. O primeiro mandato do republicano, entre 2016 e 2020, foi marcado por uma guerra comercial com o país asiático, contra o qual costuma usar uma retórica.

Em Pequim, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, disse que as revisões representam um grande retrocesso e “enviam uma mensagem gravemente errada às forças separatistas da independência de Taiwan”.

“Este é mais um exemplo da adesão obstinada dos EUA à política errônea de ‘usar Taiwan para suprimir a China’. Instamos os EUA a corrigir imediatamente seus erros”, disse ele.

Assim como a maioria dos países, os EUA não têm laços diplomáticos formais com a ilha, mas são seus maiores apoiadores internacionais e fornecem à ilha meios para se defender.

“Como é de praxe, o site foi atualizado para informar o público em geral sobre nossa relação não oficial com Taiwan”, disse um porta-voz do Departamento de Estado em um email enviado à agência de notícias Reuters no domingo.

“Os EUA permanecem comprometidos com sua política de uma China”, continuou, referindo-se ao fato de Washington, ao menos oficialmente, não tomar posição sobre a soberania de Taiwan e apenas reconhecer a posição da China sobre o assunto.

“Nos opomos a quaisquer mudanças unilaterais no status quo de qualquer lado. Apoiamos o diálogo no Estreito de Taiwan e esperamos que as diferenças sejam resolvidas por meios pacíficos, livres de coerção, de maneira aceitável para as pessoas de ambos os lados do Estreito”, disse.

Também no domingo, o chanceler da ilha, Lin Chia-lung, expressou sua aprovação em relação ao “apoio e postura positiva nas relações EUA-Taiwan”, em suas palavras.

O governo do território rejeita as reivindicações de soberania de Pequim, dizendo que apenas o povo da ilha pode decidir seu futuro. Taiwan diz que já é um país independente chamado República da China, seu nome oficial. O governo republicano fugiu para Taiwan em 1949 após perder uma guerra civil contra os comunistas de Mao Tse-tung, que estabeleceram a República Popular da China.

Redação / Folhapress

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