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EUA reconhecem Edmundo González presidente eleito da Venezuela

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, de saída do cargo após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais, afirmou nesta terça-feira (19) que Washington reconhece a vitória de Edmundo González no pleito da Venezuela, ocorrida em julho.

González foi o adversário do ditador Nicolás Maduro, proclamado vencedor pelo órgão eleitoral venezuelano, controlado pelo chavismo. Diplomata aposentado, ele saiu do anonimato ao ser ungido candidato da oposição após o regime ter inabilitado María Corina Machado, principal figura da oposição.

Em uma publicação no X, Blinken disse que “o povo venezuelano falou firmemente no dia 28 de julho e escolheu Edmundo González como presidente. A democracia exige respeito à vontade dos eleitores”.

Até aqui, Washington, como o Brasil, havia se recusado a reconhecer a vitória de Maduro, mas não tinha dito oficialmente que González era o presidente eleito —em agosto, entretanto, tomou um passo nesse sentido ao dizer que o opositor havia vencido a eleição. Essa é a segunda vez que os EUA reconhecem um poder paralelo no país —o primeiro governo Trump disse em janeiro de 2019 que Juan Guaidó era o líder legítimo do país.

González foi convocado a depor repetidas vezes até que, em setembro, foi declarado alvo de um mandado de prisão, acusado de conspiração, usurpação de funções, incitação à rebelião e sabotagem.

As imputações se referem à iniciativa da oposição de divulgar as atas de votação do pleito na internet. Equivalentes aos boletins de urna brasileiros, essas atas têm como função garantir a lisura do processo eleitoral, e sua veiculação está prevista na lei venezuelana.

De acordo com os documentos tornados públicos, que segundo o grupo adversário do regime correspondem a 80% do total de atas geradas no pleito, González teria vencido a eleição presidencial com mais 67% dos votos, contra 30% de Maduro.

A ditadura afirma que Maduro foi o vencedor da disputa, tendo sido reeleito com 52% dos votos contra 43% de González, e que as atas divulgadas pela oposição são falsas. Mas não divulgou os documentos oficiais, a despeito de ampla pressão internacional.

Além disso, uma série de organizações internacionais que realizou checagens independentes das atas divulgadas no endereço eletrônico atestou que elas são verdadeiras.

Blinken deixará o posto de chefe da diplomacia americana no dia 20 de janeiro de 2025, quando Trump tomará posse como presidente dos EUA. O republicano já anunciou que vai indicar ao cargo de secretário de Estado o senador Marco Rubio.

De ascendência cubana, Rubio é conhecido por sua linha-dura contra adversários dos EUA na América Latina, como Cuba e Venezuela. O senador pressionou o governo Biden a dar mais auxílio à oposição venezuelana, e já disse ser contra negociar com Maduro. “Qualquer negociação apenas prolonga a vida do narco-regime”, disse recentemente. Rubio ainda precisa ser confirmado no cargo pelo Senado.

Redação / Folhapress

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