EUA sabem quem ganhou, mas apuração ainda não acabou 3 dias após o pleito

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Embora a vitória do republicano Donald Trump tenha sido projetada na manhã de quarta-feira (6), horas após o fechamento das urnas na noite anterior, a apuração dos votos nos Estados Unidos não havia terminado até esta sexta-feira (8). Na disputa presidencial, os estados de Arizona e Nevada continuam sem a projeção de um vencedor.

Os dois estados são pêndulos, ou seja, aqueles em que não há tradição democrata ou republicana. Vitorioso nos outros cinco estados considerados decisivos, Trump aparecida à frente também no Arizona e em Nevada. No primeiro, o presidente eleito tinha 51% da preferência dos eleitores, ante 47% da democrata Kamala Harris, com mais de 95% das urnas apuradas. No segundo, ele aparecia com 53%, contra 47% de sua adversária, com 77% dos votos contabilizados.

Em Nevada, cerca de metade dos eleitores vota pelo correio, e analistas já diziam que a contagem, embora mais rápida devido a novas tecnologias e regras, poderia levar dias. Cédulas com carimbo postal podem chegar às autoridades até este sábado (9), e eleitores têm até a próxima terça (12) para corrigir erros.

Situação parecida ocorre no Arizona, onde também há tradicionalmente grande número de votos pelo correio. Neste ano, os funcionários precisam contar e relatar as cédulas entregues no dia da eleição antes de processá-las, o que prolonga o processo de apuração.

Com as projeções feitas até esta sexta, Trump tinha angariado 295 delegados para o Colégio Eleitoral —eram necessários ao menos 270 para a vitória. Kamala tinha 226.

Em 2020, projeções apontaram a vitória do democrata Joe Biden quatro dias após o fim da votação. Segundo analistas, há quatro anos, os sistemas de apuração de votos ficaram sobrecarregados em alguns estados devido à quantidade de votos depositados por correio durante a pandemia da Covid. Além disso, mais pessoas votaram, e a disputa foi mais apertada.

Se a eleição presidencial deste ano está definida, o mesmo não ocorre na disputa à Câmara dos Representantes. Três dias após o pleito, os EUA ainda não sabem qual partido terá controle da Casa. Com 211 deputados republicanos eleitos e 199 democratas, a apuração continuava a passos lentos nesta sexta em 25 distritos, a maioria nos estados da Califórnia e Arizona.

O partido do presidente eleito, Donald Trump, está a sete cadeiras de formar maioria na Câmara, que tem 435 membros. De acordo com a agência de notícias Associated Press, republicanos lideram a disputa em 12 dos 25 assentos cujo vencedor ainda não foi projetado —entretanto, em alguns distritos, como o 47º da Califórnia e o 1º de Iowa, a vantagem é de menos de um ponto percentual.

A disputa é extremamente acirrada —os democratas só perderam três assentos até agora. Ainda assim, analistas consideram que a possibilidade de o partido de Kamala Harris retomar controle da Câmara, que está nas mãos dos republicanos desde as eleições de meio mandato de 2022, é baixa.

No Senado, os republicanos recuperaram o controle pelos próximos dois anos, segundo projeção da agência de notícias Associated Press. O partido, que já ocupava 38 cadeiras que não estavam em disputa, elegeu até o momento 14 senadores. Tem, assim, 52 assentos —o mínimo necessário para maioria na Casa é 51. Os democratas tinham conquistado 45 vagas.

Redação / Folhapress

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