ARACAJU, SE (FOLHAPRESS) – A modelo e ex-bailarina do Faustão Natacha Horana, 33, comprou itens de luxo e pagou viagens com dinheiro de organizações criminosas. É o que diz parte do inquérito que solicitou seu pedido de prisão preventiva ocorrida no último dia 14 em São Paulo.
A reportagem teve acesso a alguns documentos do caso. Segundo monitoramento judicial, foram identificados movimentações e gastos em um curto período de tempo, incompatíveis com a realidade profissional de Natacha.
Natacha teria recebido depósitos de contas de pessoas ligadas a organizações criminosas. Com esse dinheiro, ela teria pago viagens para a Europa e para destinos de luxo no Brasil, como Trancoso, no litoral da Bahia.
Foram identificados também a compra de itens de luxo, como relógios e colares. Alguns desses itens foram alvo de busca e apreensão na casa de Natacha, na zona sul de São Paulo, durante a sua prisão.
Em nota, a defesa de Natacha Horana nega qualquer envolvimento ilício da ex-bailarina e diz que sua prisão foi “abusiva e injustificada”.
“Natacha foi injustamente envolvida em investigação apenas porque, anos atrás, acabou conhecendo uma das pessoas investigadas. A prisão foi um equívoco porque ela jamais praticou qualquer ato ilícito, direto, indireto ou colaborativo”, diz a manifestação.
A defesa da ex-bailarina do Faustão alegou ter entrado com recurso pedindo a sua liberdade. A solicitação está no STF (Supremo Tribunal Federal), mas o ministro Edson Fachin, em cujo gabinete o pedido foi parar, ainda não julgou a causa. Enquanto isso, Natacha segue detida.
Procurada, a Polícia Civil de São Paulo confirmou a prisão de Natacha por policiais da Delegacia de Capturas do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope) com o apoio de agentes da Receita Federal e do Ministério Público do Rio Grande do Norte.
Segundo a nota, foram apreendidos quatro celulares, um notebook, duas câmeras fotográficas, dois relógios, um colar, um HD externo e diversos documentos. Além disso, os agentes localizaram R$ 119.650 em espécie.
Um veículo Mercedes-Benz C300 também foi apreendido no local. “A capturada alegou que o automóvel era emprestado e o bem aguarda a apresentação do responsável legal”, diz a Secretaria de Segurança Pública de SP. O caso foi registrado como captura de procurado e cumprimento de mandado de busca e apreensão.
GABRIEL VAQUER / Folhapress