Ex-funcionário que denunciou Boeing é encontrado morto nos EUA

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Um ex-funcionário da Boeing foi encontrado morto nos Estados Unidos nesta semana, dias após prestar depoimento sobre possíveis falhas nas aeronaves da companhia. A polícia investiga o caso.

John Barnett, 62, foi encontrado morto em Charleston, no estado norte-americano da Carolina do Sul, no último sábado (9). Ele foi gerente de qualidade da Boeing, onde trabalhou por 32 anos até se aposentar, em 2017.

Aparentemente, Barnett atirou em si próprio, segundo o gabinete do legista do condado de Charleston. A polícia local investiga o caso.

Em 2019, Barnett disse que a Boeing instalou deliberadamente peças defeituosas no sistema do 787 Dreamliner. A denúncia foi publicada pela BBC e pelo New York Times, e se transformou em uma batalha judicial. A empresa nega as acusações.

Barnett prestou depoimento sobre o caso na semana passada, e deveria comparecer novamente no último sábado (9), mas não apareceu. No mesmo dia, ele foi encontrado morto dentro do carro dele, no estacionamento do hotel onde estava hospedado.

A Boeing lamentou o ocorrido. “Ficamos tristes com a morte do sr. Barnett, e nossos pensamentos estão com a família e amigos dele”, disseram em comunicado obtido pelo jornal The Washington Post. O UOL tenta contato com a companhia. Caso haja manifestação, o texto será atualizado.

O 787 é o modelo da aeronave em que 13 pessoas ficaram feridas ontem, em um voo da Latam que ia da Austrália ao Chile. Segundo a Latam, o incidente foi um “evento técnico”, após “forte movimentação durante o voo”. A empresa diz estar investigando o caso junto das autoridades.

A Boeing está sob os holofotes nesse ano, desde que um Boeing 737-Max da Alaska Airlines perdeu a porta em pleno voo em janeiro deste ano. Foi necessário um pouso de emergência, e ninguém ficou ferido. Os Estados Unidos proibiram novos voos com esse modelo até o fim das investigações. Nenhuma companhia usa esse avião no Brasil, informou a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) à época.

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Redação / Folhapress

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