SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ex-presidente da Argentina Alberto Fernández, que esteve à frente do país de 2019 a 2023, foi acusado de ter agredido sua esposa, Fabiola Yañez. Segundo o jornal Clarín, algumas das agressões teriam ocorrido inclusive durante a gravidez de seu filho Francisco, em 2022.
O caso veio à tona a partir de registros fotográficos compartilhados entre Yañez e a secretária do ex-presidente, María Cantero. As fotos e áudios foram obtidos durante uma investigação do Ministério Público da Argentina sobre uma acusação de abuso de autoridade e peculato. Os crimes teriam sido cometidos por Fernández durante seu mandato presidencial. O ex-presidente nega as acusações.
Durante a investigação, os oficiais argentinos fizeram uma perícia no celular da secretária María Cantero, no qual foram encontradas as mídias que incriminariam o ex-presidente.
Ainda segundo a publicação do Clarín, nos registros, a ex-primeira dama apareceria com o rosto roxo, o maxilar inchado e escoriações. Yañez também teria enviado áudios compartilhando as agressões que teria sofrido na residência oficial da Presidência, a Quinta de Olivos.
Os registros foram divulgados sete meses após o término da Presidência de Fernández, que deixou o cargo em dezembro de 2023. O caso continua arquivado na Justiça argentina, já que a esposa decidiu retirar a queixa contra o marido.
O advogado Juan Pablo Fioribello, que representa o casal, confirma a conversa entre Yañez e Cantero, mas afirma que não teve acesso às mensagens. Segundo Fioribello, o ex-presidente teria negado veementemente as agressões, mesmo que reconheça eventuais discussões e brigas de casal.
Até a tarde desta terça, Fernández e Yañez não tinham se pronunciado publicamente sobre o caso.
Redação / Folhapress