SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Dois dias após ter renunciado à presidência da torcida organizada Mancha Alviverde, Jorge Luis Sampaio dos Santos, 44, se entregou à polícia nesta quarta-feira (11) na sede do DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa), no centro de São Paulo. Suspeito de participação na emboscada a um ônibus com a Máfia Azul, do Cruzeiro, que culminou na morte de um cruzeirense, ele estava foragido.
O advogado de Santos, Jacob Filho, havia divulgado uma nota na segunda-feira (9) informando que seu cliente se entregaria desde que sua integridade física e segurança fossem preservadas. “Ele está se sentindo ameaçado”, disse o defensor, sem definir uma data.
Com essa prisão, a Polícia Civil já contabiliza 14 envolvidos na emboscada presos. Nesta terça-feira (10), Leandro Gomes dos Santos, diretor da Mancha Alviverde conhecido como Leandrinho, também se entregou e foi preso provisoriamente. Desde o início de novembro havia mandados de prisão provisória contra eles.
Além de Leandrinho e Santos, o vice Felipe Mattos Santos, o Fezinho, 31, também está foragido. A polícia procura outras duas pessoas ligadas à torcida organizada do Palmeiras.
No último dia 3, dez pessoas suspeitas de participação na emboscada contra cruzeirenses foram presos. Entre os detidos está o advogado Luiz Ferreti Júnior, que defende a Mancha Alviverde. O motivo da prisão não foi divulgado, mas ele estaria no momento da emboscada. Anteriormente, outros dois suspeitos haviam sido presos.
A emboscada terminou com a morte do motoboy José Victor Miranda, 30.
Era manhã de domingo, 27 de outubro, quando dois ônibus com membros da Máfia Azul (organizada do clube mineiro) que seguiam de Curitiba (PR) para Belo Horizonte (MG) foram atacados por torcedores da Mancha na rodovia Fernão Dias.
A ação, na altura do pedágio de Mairiporã, na Grande São Paulo, foi um revide a uma briga ocorrida na mesma rodovia, mas em solo mineiro, dois anos antes.
Naquela ocasião os palmeirenses levaram a pior. Entre eles estava o então presidente Jorge Luis Sampaio dos Santos, que teve os documentos roubados e depois exibidos como um troféu em jogos do Cruzeiro.
Redação / Folhapress