SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Uma operação conjunta entre o Exército e a Polícia Militar é realizada em uma comunidade no Jardim Vila Galvão, em Guarulhos, na Grande São Paulo, em busca das últimas quatro metralhadoras furtadas do Arsenal de Guerra do Exército de Barueri.
“A Diligência, autorizada pela justiça militar, está sendo realizada de maneira integrada por militares da Polícia do Exército, tropa especializada do Comando Militar do Sudeste, e equipes da Polícia Militar do Estado de São Paulo do COE, empregando cerca de 45 militares do Exército e Polícia Militar e oito viaturas especializadas'”, traz nota do Exército.
Os agentes policiais cumprem mandados de busca e apreensão em residências que possam ter guardado as armas furtadas em algum momento após terem sido retiradas do arsenal.
Ao menos uma pessoa foi detida pelos policiais e deve ser levada para a delegacia. Nenhuma das quatro metralhadoras havia sido localizada até a publicação desse texto.
Das 21 armas furtadas, 17 acabaram recuperadas pelas polícias do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Quatro metralhadoras com poder antiaéreo, ou seja, que podem derrubar helicópteros, continuam desaparecidas.
APAGÃO NO QUARTEL
Segundo relatos, o furto ocorreu nas primeiras horas do feriado de 7 de Setembro, quando o quartel estava esvaziado. O circuito de energia do Arsenal de Guerra foi desligado durante alguns minutos, segundo a apuração militar, o que desativou as câmeras de segurança e o alarme do paiol, que é acionado por movimento.
Sem o alarme e as imagens, pelo menos três militares, entre eles o cabo que apresentou o atestado médico, teriam atuado diretamente para romper o cadeado que mantinha em segurança o armário em que as armas estavam guardadas. As metralhadoras teriam ainda sido transportadas para o carro do próprio Exército, que as levou para fora do quartel.
O desaparecimento das armas foi notado apenas no dia 10 de outubro, quando foi verificado que o cadeado e o lacre do local haviam sido trocados.
Após a descoberta, os 480 militares do Arsenal de Guerra de São Paulo ficaram aquartelados por uma semana. A liberação foi gradual até a última terça-feira (24), quando os últimos 40 militares retidos foram autorizados a deixar o local.
FRANCISCO LIMA NETO / Folhapress