Exército e Polícia Civil encontram no Rio mais duas metralhadoras furtadas de quartel

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Mais duas metralhadoras furtadas do Arsenal de Guerra do Exército de Barueri (SP) foram encontradas na madrugada desta quarta-feira (1º) em operação realizada em conjunto pelo Comando Militar do Leste e a Polícia Civil do Rio de Janeiro.

Os detalhes da localização das armas serão divulgados na tarde desta quarta, por meio de pronunciamento oficial do Exército.

Além das duas metralhadoras calibre .50, foi encontrado um fuzil calibre 7,62 cuja origem será investigada.

Até o momento, 19 das 21 metralhadoras furtadas foram recuperadas.

“O Exército considera o episódio inaceitável e seguirá realizando todos os esforços necessários para recuperação de todo o armamento no mais curto prazo e a responsabilidade de todos os autores”, diz nota do Comando Militar do Sudeste.

Na manhã desta quarta, o Exército e a PM fazem nova operação no Jardim Vila Galvão, comunidade de Guarulhos, na Grande São Paulo, em busca de informações que possam auxiliar a encontrar as últimas duas metralhadoras furtadas que continuam desaparecidas.

Trinta militares da Polícia do Exército e 15 do Comando de Operações Especiais cumprem dois mandados de busca e apreensão autorizados pela Justiça Militar em casas suspeitas de terem guardado os armamentos em algum momento.

Ontem, a mesma comunidade foi alvo da operação em busca de quatro metralhadoras furtadas que ainda não haviam sido encontradas.

Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em residências, mas não encontraram as armas.

Depois da operação desta madrugada no Rio, duas metralhadoras com poder antiaéreo, ou seja, que podem derrubar helicópteros, continuam desaparecidas.

APAGÃO NO QUARTEL

Segundo relatos, o furto ocorreu nas primeiras horas do feriado de 7 de Setembro, quando o quartel estava esvaziado. O circuito de energia do Arsenal de Guerra foi desligado durante alguns minutos, segundo a apuração militar, o que desativou as câmeras de segurança e o alarme do paiol, que é acionado por movimento.

O desaparecimento das armas foi notado apenas no dia 10 de outubro, quando foi verificado que o cadeado e o lacre do local haviam sido trocados.

Após a descoberta, os 480 militares do Arsenal de Guerra de São Paulo ficaram aquartelados por uma semana. A liberação foi gradual até o dia 24, quando os últimos 40 militares retidos foram autorizados a deixar o local.

CRISTINA CAMARGO E FRANCISCO LIMA NETO / Folhapress

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